Em formato itinerante, o projeto que iniciou suas atividades em Três Lagoas, agora, chega em Dourados para promover encontros gratuitos de capoeira com rodas de conversa e de capoeira.
O projeto cultural “Permeando a Capoeira pelo MS” continua sua jornada, chegando no município de Dourados nos dias 9 e 10 de agosto. As atividades realizadas na sexta-feira das 18h às 21h, e no sábado das 9h às 11h e das 15h às 17h, na Associação de Capoeira Baiana, que fica na Rua da Independência, n.º 285 Jardim Itália.
Dessa forma, com a proposta de reunir em cada cidade mestres locais e mestres de outras partes do Brasil, o projeto visa promover um intercâmbio de conhecimentos e experiências entre os praticantes da capoeira e ser também um espaço receptivo para iniciantes e não praticantes de capoeira que queiram conhecer mais desta arte secular.
Dourados é a segunda cidade a receber o projeto, que iniciou sua trajetória em Três Lagoas e seguirá para Ponta Porã (dias 16 e 17 de agosto), Corumbá (23 e 24 de agosto) e Campo Grande (29 a 31 de agosto).
Por isso, o propósito é fortalecer a capoeira no interior do estado, permitindo que mais capoeiristas tenham acesso às atividades e trocas proporcionadas pelos encontros.
Marcos Campelo, proponente do projeto, expressou sua satisfação com o sucesso do encontro em Três Lagoas, que contou com a participação de capoeiristas de outras cidades da região leste de MS, como Aparecida do Taboado e Brasilândia.
“Foi incrível ver a receptividade dos capoeiristas locais e a animação dos participantes de outras cidades. Esse tipo de intercâmbio é fundamental para o crescimento e fortalecimento da capoeira no Estado,” afirmou Campello.
“Permeando a Capoeira pelo MS”
Permeando pelo MS foi elaborado por três fazedores de arte e de capoeira (Marcos Campello, Rafael de Sá e Vanessa Bohn). O projeto foi pensado em formato itinerante exatamente para “descentralizar suas atividades da capital sul-mato-grossense para facilitar o deslocamento dos capoeiristas tanto das cidades-sede quanto dos municípios vizinhos. Enquanto capoeiristas que somos é uma forma de contribuirmos com o movimento”, diz Rafael. Ele vê no ato de pôr o pé nas estradas sul-mato-grossenses a “oportunidade de conhecer mais a fundo a realidade dos grupos pelo interior e pensarmos juntos na prática da capoeira”
Por isso, o professor José Augusto, popularmente conhecido como Barata, participou das atividades em Três Lagoas e destacou a importância de projetos como este para a valorização da capoeira na região. “Três Lagoas tem capoeira, e é essencial termos iniciativas como essa para mostrar nossa força e tradição” , comentou.
Contudo, para quem aguarda a chegada do projeto, em Dourados, como o Mestre Guerreiro, de 74 anos de idade, a expectativa é a melhor possível. “Enxergo como um trabalho de valorização da capoeira e como uma injeção de motivação tanto para eu que sou mestre quanto para os meus alunos e demais praticantes de capoeira aqui da cidade”.
Desse modo, além dos encontros práticos, o projeto traz um trabalho de registro voltado à memória e identidade. São as audiografias junção de fotografia com áudios (entrevistas).
“Por meio da composição de fotos com áudios, registramos depoimentos dos mestres locais sobre as histórias por trás da capoeira em cada município. Nesse sentido, é uma forma de criar um material físico e documental dessa arte que, sendo uma atividade prática e oral, necessita desse registro”.
Fonte: nortaoms – foto: divulgação/A.I