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Humanos recentemente falecidos receberam com sucesso dois transplantes de corações de porcos geneticamente modificados

Dois humanos recebem corações de porcos nos EUA

Pacientes com morte cerebral recebem xenotransplantes

Humanos recentemente falecidos receberam com sucesso dois transplantes de corações de porcos geneticamente modificados. Aliás, a cirurgia foi feita por uma equipe do NYU Langone Health. No centro médico acadêmico localizado nos Estados Unidos.

Mas duas pessoas que receberam os transplantes, Lawrence Kelly, de 72 anos, e Alva Capuano, de 64 anos, já haviam falecido de morte cerebral. E assim sendo, se mantiveram em suportes ventilatórios.

No entanto, os procedimentos aconteceram nos dias 16 de julho e 6 de julho. E, de acordo com os médicos e cientistas envolvidos no processo, o sucesso indica um grande avanço para determinar se órgãos de animais podem ser modificados. E ainda mais usados em humanos que precisam de transplante.

Após as cirurgias, conhecidas na medicina como xenotransplantes, não foram observados sinais de rejeição precoce em nenhum dos órgãos. E além disso, os corações funcionaram normalmente.

Os corações de porco tinham um total de 10 modificações genéticas

“Este é o primeiro passo no desenvolvimento de uma compreensão profunda dos aspectos mecânicos, moleculares e imunológicos do transplante de xenocoração. E a viabilidade de utilizar a prática clínica padrão e ferramentas para fazê-lo”, destacou o Dr. Alex Reyentovich, diretor médico de transplante cardíaco. E diretor do programa avançado de insuficiência cardíaca da NYU Langone, em comunicado .

De acordo com os pesquisadores, os corações de porcos tinham um total de 10 modificações genéticas. Entre elas, 4 para previnir a rejeição e o crescimento anormal dos órgãos nos humanos.

Segundo Nader Moazami, diretor cirúrgico de transplante cardíaco no Instituto de Transplantes Langone da NYU, a ideia dos envolvidos nas pesquisas é confirmar que os ensaios clínicos podem avançar utilizando as modificações genéticas em práticas de transplante já testadas e comprovadas.

“Nosso objetivo é integrar as práticas usadas em um transplante cardíaco típico e cotidiano. Apenas com um órgão não humano que funcionará normalmente sem ajuda adicional de dispositivos ou medicamentos não testados”, afirmou.

Os dois transplantes seguiram procedimentos utilizados para fazer o primeiro xenotransplante da história, realizado em janeiro deste ano. O homem de 57 anos, contudo, morreu em março devido a insuficiência cardíaca .