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Pesquisas revela que a diversificação de culturas na sucessão entre a soja e o milho segunda safra pode aumentar o lucro dos produtores. Foto: Embrapa

Diversificar culturas entre milho e soja aumenta lucro dos produtores

Pesquisas realizadas ao longo de três anos identificaram três modelos de produção mais lucrativos na sucessão entre o milho segunda safra e a soja

Pesquisas conduzidas ao longo de três anos nas regiões oeste e centro-oeste do Paraná revelaram que a diversificação de culturas na sucessão entre a soja e o milho segunda safra pode aumentar o lucro dos produtores em até 11%.

Dessa forma, os experimentos, realizados em parceria entre a Embrapa e o Centro de Pesquisa Agrícola Copacol, identificaram três modelos de produção mais lucrativos, que incluem a introdução da braquiária, aveia preta e trigo no sistema produtivo.
Por isso, esses resultados estão detalhados na publicação “Modelos de produção intensificados para diversificação da matriz produtiva para além da sucessão milho 2ª safra/soja“.
Segundo o pesquisador Alvadi Balbinot, da Embrapa Trigo, um dos autores da publicação, a introdução da braquiária consorciada com o milho segunda safra, em sucessão à soja, gerou um aumento significativo na produtividade da soja, resultando em uma rentabilidade 11% superior ao sistema tradicional da região.

Milho e soja lucro dos produtores

Outro modelo eficiente envolveu a alternância de milho segunda safra com aveia preta e soja, apresentando uma rentabilidade 10% maior. O terceiro modelo, que incluiu o trigo na terceira safra, registrou uma rentabilidade 6,6% superior.
Além dos benefícios econômicos, a diversificação das culturas também traz melhorias na qualidade do solo e na sustentabilidade do sistema produtivo. De acordo com o pesquisador Henrique Debiasi, da Embrapa Soja, a rotação de culturas ajuda a reduzir custos de produção e aumenta a produtividade, principalmente da soja.

Júlio Franchini, também da Embrapa, destacou a importância de melhorar a estrutura do solo para aumentar a disponibilidade de água às plantas. Aliás, isso é crucial para a estabilidade da produção. Mas, ele ressaltou que a intensificação da erosão hídrica preocupa produtores do Paraná. Afinal, pode causar perdas significativas de solo e água. E isso impacta negativamente na produtividade e no meio ambiente.

Sendo assim, os pesquisadores pretendem validar esses resultados em propriedades rurais e transferir a tecnologia para os produtores, visando promover a sustentabilidade e a rentabilidade do agronegócio na região.

Fonte: canalrural