A exportação de mais de 95% dos grãos da Ucrânia costumavam sair pelo Mar Negro
A retomada da exportação de grãos ucranianos pelo Mar Negro entra num processo de acordo. Principalmente das autoridades da Rússia, Ucrânia, Turquia e das Nações Unidas, que concordaram com os principais pontos de um plano para a retomada das exportação de grãos ucranianos pelo Mar Negro, disseram líderes turcos e da ONU.
Durante reunião (13), as autoridades concordaram em estabelecer um centro de coordenação em Istambul. Assim como, um local onde representantes dos três países e da ONU supervisionariam os embarques de grãos, disse o ministro da Defesa da Turquia.
Aliás, o entendimento é o primeiro avanço concreto após semanas de diplomacia liderada pela ONU e pela Turquia. Essa busca de consenso tem o objetivo de aliviar uma crise alimentar global desencadeada pela invasão russa da Ucrânia. Com o conflito, milhões de toneladas de grãos ficaram retidas no país. Esse impasse resultou, dessa forma, em menor oferta e preços mais altos nos mercados internacionais.
A exportação de mais de 95% dos grãos da Ucrânia costumavam sair pelo Mar Negro. Com essa rota bloqueada, o país está exportando menos de um terço do volume normal. Através de suas fronteiras com a União Europeia e por meio de barcaças no Danúbio que descarregam em navios no porto romeno de Constanta.
“Hoje (13) houve um passo importante e substantivo. Um passo para um acordo abrangente”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, a repórteres em Nova York.
Tentativas anteriores para a criação de um corredor de grãos fracassaram
No entanto, autoridades observaram que um possível acordo ainda precisaria ter a assinatura do presidente russo, Vladimir Putin. E, essa é uma possibilidade que poderá acontecer na próxima semana, quando o líder russo se encontrará com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Teerã.
Sob o amplo acordo (13),esses grãos poderão seguir por três portos da Ucrânia sob escolta de navios do país, com um cessar-fogo. A estratégia é proteger os navios dentro de limites geográficos e alguma varredura de minas, disse uma pessoa familiarizada com as negociações.
A marinha turca inspecionaria os navios vazios que chegassem aos portos ucranianos. Sobretudo, por causa do receio da Rússia de que as embarcações servissem para transportar armas ocidentais para as forças de Kiev. A ONU estabelecerá um centro de comando e controle em Istambul para monitorar os níveis de ameaça aos embarques.
É necessária a resolução de detalhes técnicos. Incluindo pois, as minas que se encontram nos portos ucranianos e a sua remoção, disse a pessoa familiarizada com as negociações. A Ucrânia tinha dito originalmente à ONU que uma passagem segura poderia ser mapeada através de seus campos minados. Mas as chamadas minas flutuantes também terão que ser removidas, disse a autoridade ocidental.
Tentativas anteriores de um acordo para a criação de um corredor de grãos no Mar Negro fracassaram em parte. Tudo porque a Ucrânia está relutante em remover minas marítimas que diz serem cruciais. Líderes ucranianos estão exigindo garantias de segurança em troca da remoção de qualquer uma de suas minas.