Dengue em MS tem salas de hidratação como aliadas no tratamento
A dengue em MS agora tem um componente vital no tratamento da doença. A SES (Secretaria de Estado de Saúde) reforça a importância das salas de hidratação.
Esses espaços são fundamentais para o manejo clínico de pacientes com diagnóstico de dengue. Dessa forma, a resposta é rápida e eficaz nas situações em que a condição pode se agravar rapidamente. Como resultado, complicações graves podem ser evitadas.
A hidratação adequada, sobretudo fornecida nesses locais, é uma medida essencial para evitar a progressão da doença. Assim, pode-se garantir a recuperação dos pacientes e prevenir possíveis desfechos fatais.
As salas de hidratação – cerca de 300 unidades espalhadas pelo estado – estão localizadas nas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde). Essas unidades são fundamentais no tratamento de pacientes com dengue.
Dengue em MS quando é grave
Quando a doença se apresenta de forma grave, a principal preocupação não é o sangramento, mas a perda de líquidos dos vasos sanguíneos. “A inflamação intensa nos vasos sanguíneos faz com que o líquido, um componente vital do sangue, extravase. Dessa forma, a circulação de nutrientes e oxigênio para os órgãos fica prejuicada. Isso pode resultar em sérias complicações”, explica a médica infectologista, Andyane Tetila.
A hidratação adequada é a medida mais eficaz para prevenir a perda de líquidos ou repor o volume perdido, evitando a progressão da doença e garantindo o suporte necessário para a recuperação. Nesse contexto, as salas de hidratação são fundamentais para a rápida intervenção e estabilização do paciente.
Como funcionam as salas de hidratação
No momento do atendimento, o paciente recebe uma classificação de acordo com o protocolo da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Ministério da Saúde nos grupos A, B, C ou D, conforme o quadro clínico. Com base nessa classificação, determina-se o tipo de hidratação necessária, seja oral ou intravenosa.
De acordo com a infectologista, pacientes com sinais de alarme, classificados no grupo C, precisam de internação e devem receber monitoramento através de hidratação endovenosa enquanto aguardam encaminhamento para o hospital. “Já os pacientes do grupo A, que necessitam apenas de hidratação oral, podem ser tratados com soro de reidratação oral, desde que tolerem. Para os do grupo B, a hidratação intravenosa é essencial, sendo seguidos para nova avaliação e exames”, acrescenta Andyane.
Além disso, as salas de hidratação também proporcionam alívio para as dores no corpo causadas pela febre ou pelo desconforto gerado pela doença, por meio da administração de analgésicos. Esse atendimento precoce e eficaz é fundamental para evitar a progressão para formas mais graves da doença, como a necessidade de internação ou até mesmo o óbito.
Com infraestrutura adequada e recursos suficientes, as salas de hidratação desempenham um papel importante na recuperação dos pacientes, prevenindo complicações e aliviando a pressão sobre os serviços de saúde.
Fonte: SES