Para frear esse avanço, uma das medidas é conscientizar as mulheres sobre uma rotina de exames periódicos
A cada seis minutos, uma brasileira morre vítima de infarto ou doença cardiovascular. Essas enfermidades, sobretudo o infarto, matam mais mulheres do que todos os tipos de câncer somados.
Contudo, alguns fatores de risco específicos como gravidez e anticoncepcional influenciam. Mas, somados a isso estão a menor representatividade em estudos clínicos e o menor acesso a exames, que elevam o risco de subdiagnóstico.
Por causa disso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) lançou, um documento de alerta sobre o problema da doença que deixa as mulheres como vítima de infarto.
Então, no manifesto, a entidade propõe reduzir a mortalidade feminina decorrente de doenças cardiológicas em 30% até 2030.
Segundo Glaucia Moraes de Oliveira, diretora da SBC, a prevalência das doenças cardiovasculares tem crescido entre jovens e mulheres no pós-menopausa.
Dessa forma, para frear esse avanço, uma das medidas é conscientizar as mulheres sobre uma rotina de exames periódicos, como na prevenção do câncer de mama e de útero. Fatores de risco tradicionais são os mesmos para homens e mulheres.
Por exemplo, são hipertensão, diabete, obesidade, tabagismo, altos níveis de gordura no sangue e sedentarismo fatores causadores de infartes e AVCs.
Mas, para um diagnóstico mais exato, é preciso considerar também fatores de risco específicos delas. Conforme Glaucia, o funcionamento hormonal é o que faz com que aspectos psicossociais sejam mais determinantes.
As doenças cardiovasculares podem afetar o coração e os vasos sanguíneos, destacando-se a doença arterial coronariana. Ou seja, envolve sintomas como dor no peito e infarto agudo do miocárdio, sendo esta a maior causa de mortalidade no mundo.
Para atender estes pacientes, desde 2002, o Hospital de Base (HB), de São José do Rio Preto, conta com o Centro de Dor Torácica (CDT), modelo especializado no serviço de emergência da instituição que conta com equipe multidisciplinar com médicos emergencistas, cardiologistas, hemodinamicistas, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e administradores.
Sociedade Brasileira de Cardiologia e Sociedades Internacionais
“O CDT foi criado para proporcionar um atendimento de excelência para pacientes com suspeita de infarto e para isto deve estar apto a cumprir as metas estabelecidas no atendimento proposto.
Além de melhorar esse tipo especializado de atendimento no HB, a busca incessante pelo cumprimento das metas proporciona um atendimento mais rápido e eficaz, para que o diagnóstico correto e adequado seja feito prontamente”, explica o cardiologista e coordenador do CDT, Dr. Fernando Bruetto.
Sendo assim, o CDT, o Hospital de Base, conta com o Serviço de Hemodinâmica. Este setor tem à disposição equipes médicas altamente qualificadas, com grande experiência no tratamento das doenças cardíacas.
A unidade tem estrutura que oferece suporte para exames de diagnósticos até tratamento cardiológicos de alta complexidade.