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O Congresso Nacional aprovou a LDO de 2026 com meta de superávit de 0,25% do PIB, e o governo poderá perseguir o piso da margem de tolerância do alvo fiscal antes da sanção presidencial. Foto: Reprodução

Congresso aprova LDO de 2026 com meta de superávit de 0,25% do PIB

Congresso Nacional aprova LDO com foco em superávit e metas atreladas ao PIB para 2026

O Congresso Nacional aprovou (4) o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 mantendo a meta proposta pela equipe econômica de superávit primário de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para o governo central e com uma liberação acelerada de emendas parlamentares em ano eleitoral.

O texto, que segue para sanção presidencial, permite ao governo perseguir o piso da margem de tolerância do alvo fiscal. E além disso, cria uma exceção de R$ 10 bilhões à meta fiscal das empresas estatais. Em meio à crise financeira dos Correios.

Incluído no texto pouco antes do início da discussão na sessão do Congresso pelo relator, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), o adendo determina que não serão consideradas na meta despesas de empresas “que possuam plano de reequilíbrio econômico-financeiro aprovado e vigente”, respeitando esse limite de valor.

Maia ainda apresentou outro adendo para excluir a possibilidade de compensações entre os resultados fiscais do governo central e das estatais. Os prejuízos dos Correios em 2025 obrigaram o governo a contingenciar as despesas dos ministérios neste ano.

Em entrevista a jornalistas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a exclusão de R$10 bilhões da meta das estatais na LDO foi uma ação preventiva para permitir que o governo eventualmente faça o aporte nos Correios caso essa seja a decisão.

O governo estipulou a meta para as estatais em 2026 em déficit de R$ 6,8 bilhões

Sobretudo, incluindo exceções para despesas da Petrobras e da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar). Além de R$5 bilhões para o Novo PAC. Os R$10 bilhões serão adicionais às exclusões já previstas.

O governo central terá uma meta de superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026. Esse objetivo se separa do alvo a ser perseguido pelas estatais. Mas aportes ou compensações do Tesouro Nacional às empresas públicas podem afetar o resultado do governo central.

Piso da meta

O arcabouço fiscal estabelece uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou para menos na meta e considera a meta cumprida se o resultado do ano ficar dentro dessa banda. O texto da LDO define expressamente que o governo poderá usar o limite inferior da tolerância ao avaliar periodicamente suas finanças e ao conter verbas dos ministérios.

O projeto aprovado prevê um déficit primário de R$16,9 bilhões no próximo ano. No entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não será necessário computar R$55,1 bilhões em desembolsos com precatórios na meta de superávit de R$34,3 bilhões. Com isso, o governo fecharia 2026 com um superávit de R$38,2 bilhões, com uma “sobra” de R$3,9 bilhões em relação ao centro do alvo.

O governo pagará 65% do total das emendas parlamentares de execução obrigatória até a conclusão do primeiro semestre de 2026. Ano eleitoral.

A LDO traz as bases para elaboração do Orçamento propriamente dito, incluindo a meta fiscal e previsões de receitas e despesas. O Congresso aprova o texto para que possa votar a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Fonte: infomoney