As informações fazem parte do 12º levantamento divulgado pela Conab, realizado na última semana de agosto
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou (6) que a safra 2022/2023, iniciada em outubro do ano passado e que se estende até setembro deste ano, vai somar 322,8 milhões de toneladas.
Se confirmado, o número representa um crescimento de 18,4%, ou de 50,1 milhões de toneladas, contra a safra anterior. Assim, as informações fazem parte do 12º levantamento divulgado pela Conab, realizado na última semana de agosto.
“Nos primeiros dados divulgados pela Conab, a previsão de safra era de 312,4 milhões de toneladas, e encerramos o ciclo com 322,8 milhões de toneladas. Uma diferença de 3,3% ou pouco mais de 10 milhões de toneladas. Isso mostra o avanço metodológico da Conab, que tem responsabilidade com os dados públicos”. Afirmou o presidente da Conab, Edegar Pretto.
De acordo com o diretor-executivo de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto, 90% da safra 2022/2023 refere-se a soja e milho. Aliás, ele informou que a estimativa para a soja, nesta safra, é de 154,6 milhões de toneladas, com alta de 23,2%, e para o milho é de 131,8 milhões de toneladas, com crescimento de 16,6%.
“Mas o que surpreende, que faz com que tenhamos crescimento expressivo da safra, a produtividade que se deu principalmente em função do clima que foi bom, apesar de problemático no inicio da safra. Inclusive atrasando plantio (…) Ao longo do ciclo produtivo, as chuvas foram muito regulares, em quantidade apropriada”, declarou Porto.
Arroz e feijão
Importantes produtos para a mesa do brasileiro, como o arroz e feijão, apresentaram cenários distintos, segundo informou a Conab.
No caso do feijão, apesar da perda da área plantada, houve uma safra de três milhões de toneladas, com alta de 1,7%. O que, segundo o diretor Sílvio Porto, “dá tranquilidade sobre o abastecimento alimentar da população”, com queda de preço.
No caso do arroz, entretanto, a Conab informou que a “melhora da produtividade não foi suficiente para compensar a menor área plantada (-4%) resultando numa queda de produção de 6,9%, chegando a 10 milhões de toneladas”.
“Este resultado reflexo principalmente da estimativa de significativa redução de área em meio à reduzida rentabilidade projetada para o setor, com a menor atratividade financeira do setor orizícola em relação às culturas concorrentes por área, como a soja e o milho”, informou a Conab.
Fonte: G1