Medida correspondia a uma sobretaxa sobre o valor do produto importado — que variava entre 17,8% e 34,2%
O governo federal informou (27) que informado da decisão do governo da China de não renovar a medida “antidumping” às exportações brasileiras de produtos de carne de frango.
Dessa forma, a medida correspondia a uma sobretaxa sobre o valor do produto importado que variava entre 17,8% e 34,2%, de acordo com a empresa exportadora, e aplicada desde 2019, afirma nota conjunta do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (Mdic).
Além disso, 14 empresas brasileiras haviam celebrado “compromissos de preços” com o governo da China, obrigando-se a praticar preços superiores a um patamar mínimo preestabelecido. A reversão da medida exclui a tarifa adicional.
Segundo as pastas, tais medidas prejudicavam a competitividade do produto brasileiro no mercado chinês.
China antidumping exportações
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e a China é o segundo maior consumidor mundial do produto e também o principal destino dos embarques de carne de frango brasileira, segundo nota.
Por isso, para os Ministérios, o fim da medida antidumping faz as exportações de frango do Brasil mais competitivas para aquele mercado. Além disso, abre novas oportunidades para outros produtores brasileiros. Pois, mesmo com seus frigoríficos habilitados, não conseguiam ser competitivos em razão dos direitos antidumping impostos.
“Trata-se de resultado positivo para o nosso setor avícola e para a relação econômico-comercial do Brasil com a China. Mas, o Brasil permanece dedicado a manter um diálogo aberto e construtivo com os parceiros chineses. Sempre buscando oportunidades de cooperação e desenvolvimento sustentável nas relações comerciais”, diz a nota.
Fontes: portalBEnews, broadcast, cnn, conselhoempresarialbrasilchina