No recorte regional, a Região Norte é a que tem menor índice de atendimento total de esgoto, chegando a 13,1%
Um levantamento divulgado na terça-feira (2/8) mostrou que 1.937 municípios brasileiros não têm rede coletora de esgoto e utilizam soluções alternativas. Dentre essas soluções incluem-se fossas sépticas, fossas rudimentares, galerias de águas pluviais e lançamento de esgoto em curso d’água.
Um total de 4.744 municípios informaram seus dados relativos a esgotamento sanitário para o Diagnóstico Temático da Gestão Técnica de Esgoto, lançado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).
Sendo assim, o levantamento feito em 2020 e mostra ainda que 2.807 municípios disseram ter rede de abastecimento de água e rede coletora de esgoto.
No recorte regional, a Região Norte é a que tem menor índice de atendimento total de esgoto, chegando a 13,1%. Já o Sudeste lidera o índice de atendimento total, com 80,5%. Em seguida vem o Centro-Oeste (59,5%), o Sul (47,4%), e o Nordeste (30,3%).
“Existe uma variação muito grande entre as macrorregiões. No caso do atendimento urbano temos valores um pouco mais altos, pois estamos falando de atendimento por sistema coletivo ou rede coletora”, disse Sérgio Brasil Abreu, assessor técnico especializado e coordenador substituto da Coordenação de Informações, Estudos e Pesquisas (Ciep).
Municípios com sistema de coletora esgoto precário
O diagnóstico integra o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e inclui informações sobre prestação de serviços públicos de esgotamento sanitário no Brasil. Índices de atendimento de coleta e tratamento de esgoto e soluções alternativas implementadas no país.
Além de avaliar as cidades que carecem de um sistema eficiente para a coleção de esgoto, a pesquisa avalia que grande parte destes municípios optam pela implementação de técnicas rudimentares para suprir as necessidades demandadas pela população. Assim, fossas, galerias d’água e lançamento direto de esgoto em cursos d’água são algumas das ‘soluções’ adotadas.
Nos casos citados acima, o risco à saúde da população local é eminente, já que a exposição dos conteúdos nocivos se encontra próximo as pessoas e não recebe o tratamento adequado. Ademais, existe o problema da contaminação ambiental, que compromete a vida aquática nas proximidades destes locais. Além de gerar acúmulo de bactérias e seres danosos ao ser humano.
Fonte: agenciabrasil