O cartunista Angeli, de 65 anos, anunciou o fim da carreira após o diagnóstico de Afasia progressiva primária. A informação foi confirmada, pela esposa Carolina Guaycuru
A afasia é o nome de uma doença demencial mais agressiva que o Alzheimer. Além disso não tem tratamento e não tem cura. Sendo os primeiros sintomas a serem identificados nas alterações na linguagem. Assim como, podem se manifestar tanto na hora em que uma pessoa vai escrever algo, como durante a leitura ou a fala. A doença atingiu o cartunista a alguns anos.
As funções afetadas são:
- Capacidade de falar ou se expressar verbalmente
- Compreensão da linguagem verbal
- Compreensão da linguagem escrita (leitura)
- Capacidade de escrever
De acordo com a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBF), esse comprometimento ocorre após um dano cerebral. A causa mais comum é o AVC, mas também pode ocorrer após um traumatismo cranioencefálico (TCE). Tumor cerebral, aneurisma, infecções cerebrais e alguns tipos de demência.
Recentemente, o ator Bruce Willis anunciou sua aposentadoria da atuação após diagnóstico de afasia. Além de Bruce Willis e o cartunista, outros artistas como Sharon Stone, Emilia Clarke, Alicinha Cavalcanti, Kirk Douglas, entre outros. Anunciaram ter a doença.
Vida e carreira
Paulistano nascido em 31 de Agosto de 1956, Arnaldo Angeli Filho publicou seu primeiro desenho aos 14 anos na extinta revista Senhor. A carreira na “Folha de S.Paulo”, onde o cartunista colaborou por mais de 50 anos. Todavia começou em 1973 com a tira diária “Chiclete com Banana”.
Publicada na seção de quadrinhos, lançando personagens como Rê Bordosa, Bob Cuspe, Wood & Stock e os Skrotinhos, entre outros. De acordo com informações do seu site oficial. Contudo “Chiclete com Banana” transformou-se em um revista de quadrinhos independente de mesmo nome em 1985.
Assim também o cartunista teve seus trabalhos publicados pelas revistas Linus, de Milão; El Vibora, de Barcelona; Humor, de Buenos Aires, e no jornal Diário de Notícias, de Lisboa. Além disso, é um dos criadores e editores do projeto Baiacu.
Fonte: nexojorn, cartacapital