“Hoje nos despedimos de uma querida amiga que nos deixa sua maior obra: sua música.Tina, sentiremos muito sua falta”, escreveu comunicado nas redes oficiais
A cantora Tina Turner morreu aos 83 anos, nesta quarta-feira (24). Ela morreu “pacificamente após uma longa doença” em sua casa em Küsnacht, perto de Zurique, na Suíça, disse um representante de Tina à Reuters.
“É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de Tina Turner. Com sua música e sua paixão sem limites pela vida, ela encantou milhões de fãs ao redor do mundo e inspirou as estrelas do amanhã”, escreveu comunicado publicado nas redes sociais oficiais de Tina.
Turner, frequentemente chamada de a “rainha do Rock ‘n’ Roll”, foi uma das maiores cantoras de todos os tempos, conhecida por sucessos como “What’s Love Got to Do with It” e “(Simply) The Best”.
Tina Turner foi considerada a mais vibrante cantora da história da música. Quem a viu subir ao palco, afirma que o calor e a energia transmitidos por ela não se compara a nenhuma outra sensação já vivida. Tina exalava sensualidade de cada poro desde o inàcio de sua carreira, quando era vocalista do grupo The Ike & Tina Turner Revue, no final dos anos 50. Nessa fase, ela já era Tina Turner, mas nem sempre foi assim.
Biografia
Tina nasceu Anna Mae Bullock, em Brownsville, Tenessee, no dia 26 de novembro de 1939. Abandonada pelo pai, junto com a irmã Alline, foi morar com a avó em Nutbush, para em seguida mudar-se para a casa de sua mãe em St. Louis, em 1956.
Foi lá que Anna Bullock conheceu Ike Turner, um roqueiro promissor que logo ficou impressionado com sua estrondosa voz e a convidou para cantar em sua banda. Inicialmente Anna não quis por não acreditar muito na história. Mas, diante da insistência de Turner rendeu-se o convite. Foi então que aos 18 anos, Anna Bullock se transformou em Tina Turner.
Primeiramente Tina juntou-se a Ike Turner para fazer uma turnê, como parte do backing vocal. Só dois anos mais tarde, Tina seria a estrela do show. E foi aà que o conjunto passou a chamar Ike Turner & The Kings of Rhythm. Tempos depois teria definitivamente o nome de Ike & Tina Turner.
Em 1960, a dupla começou a bater as listas de vendas com a música ‘A Fool in Love’. No decorrer da década, com ajuda do produtor Phil Spector, a banda explodiu com ‘River Deep Mountain High’ e, em 1971, consagraram o tema ‘Proud Mary’, uma versão da banda Creedence Clearwater Revival.
Mas, como na maioria das histórias, as fases boas não duram para sempre, com Tina não seria diferente. Anos depois ela abandonou Ike Turner devido a seu comportamento agressivo e consumo excessivo de drogas, além das diferenças pessoais. Do relacionamento, restou o nome consagrado de Tina e um filho.
Discos
Nos anos 70, o número de turnês e a venda de discos caàram, apesar do sucesso de Tina Turner durante sua atuação em “The Who’s Rock Opera”, onde ela cantou sozinha ‘Acid Queen’, apelido que foi lhe concedido pela màdia. Tina se viu livre e independente e acabou se separando legalmente de Ike exigindo na justiça apenas seu nome artàstico. Para voltar a ser o que era, Tina decidiu partir para carreira solo, com apresentações em alguns programas e quadros de TV, como The Hollywood Squares, Donny and Marie, The Sonny & Cher Comedy Hour.
Contudo, Tina ainda gravou alguns álbuns para a United Artists no final da década de 70, que não renderam muita repercussão. Em 1983 voltou com o projeto dos integrantes de Heaven 17, Ian Craig Marsh e Martin Ware, denominado B.E.F., onde fazia uma versão do tema de The Temptations ‘Ball of Confussion’. Surgiu então um contrato com a gravadora Capitol. Era a chance de retomar o caminho do sucesso.
Seu primeiro single foi uma versão do clássico de Al Green ‘Let’s Stay Together’, que entrou com força nas listas em 1984. Foi seguido pelo sucesso de ‘What’s Love Got to Do With It’, que se manteve três semanas em primeiro lugar, convertendo-se em um dos hits da época. No mesmo ano lançou Private Dancer, com o qual conseguiu os sucessos ‘Better Be Good to Me’ e ‘Private Dancer’.
‘We Don’t Need Another Hero’ em 1985 foi mais um estouro e ‘Typical Male”, do ano seguinte, seu último grande sucesso da década. Os anos 90 serviram para Tina se dedicar mais à s turnês pelo mundo e editar discretos álbuns, que acrescentaram seu nome como artista consagrada.
Fonte:cnn