Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata tem tratamento e o animal pode viver com qualidade de vida
Além do câncer de mama, outros tumores podem enfraquecer a saúde dos animais de estimação, daí a importância da prevenção e do acompanhamento adequado. A próstata e a uretra, por exemplo, em regiões do corpo acometida pela doença que, apesar de pouco frequente, especialmente em gatos, causa incômodos significativos, como obstrução urinária e distúrbios intestinais.
Contudo, em estágios avançados, pode ocorrer a metástase óssea, causa de problemas nas vértebras lombares e na pelve.
Entre os sintomas do câncer de próstata, a médica veterinária oncologista Martha Rocha, doutora em nanociência e nanobiotecnologia pela UnB, cita: dificuldade ou desconforto ao urinar, podendo até ter presença de sangue na urina; esforço para defecar (tenesmo); defecação dolorosa (disquezia); urina com coloração e aspecto alterados; dificuldade para andar; claudicação ou fraqueza nos membros; perda de peso; e dor abdominal ou na região lombar.
Geralmente, animais mais velhos, a partir dos sete anos, os mais afetados e, apesar da literatura correlacionar a neoplastia a cães acima de 20kg, as raças mais predispostas: scottish terrier, beagle, poodle e pastor de Shetland.
Como acontece o desenvolvimento da doença
Ademais, não existe uma razão específica para o desenvolvimento da doença, tanto que mesmo os pets castrados podem tê-la. “Infelizmente, os pets podem sentir muita dor, por isso, é relevante associar terapias analgésicas ao tratamento oncológico, e suporte nutricional adequado e manejo clínico”, completa Martha.
Por isso, o diagnóstico realizado mediante exame físico da próstata, no qual o toque retal, para avaliação do tamanho do tumor e do desconforto.
A ultrassonografia do abdômen, os exames citológicos (por citologia guiada ou fush) e a biópsia da próstata também solicitados para determinar se se trata de um câncer, de fato, ou de uma hiperplastia prostática benigna.
Esta última definida como a divisão anormal nas células, resultante do aumento do tamanho do órgão. Também merece acompanhamento, dado que pode causar complicações no trato urinário do animal. Dessa forma, um dos métodos indicados para a prevenção é a castração a partir dos oito meses.
Prevenção e possibilidades de tratamento
Como animais castrados também podem desenvolver o câncer de próstata, a castração não é a forma de prevenir a doença, porém indicada por ajudar a evitar outros problemas, como hiperplastias, abscessos e cistos prostáticos.
No que tange à neoplastia, Alessandra frisa que existe a necessidade de mais estudos. Principalmente, para buscar maior validação do seu controle. Afinal, esse tipo de tumor também possui relação com a genética do animal.
A quimioterapia como tratamento sistêmico, apesar da pouco descrita sobre sua eficácia e tempo de sobrevida, também pode ser uma opção. De forma que hoje já é possível realizar o mapeamento genético de um câncer prostático dos pets.
Entretanto, o diagnóstico precoce é a melhor forma de se combater a doença. E isso pode ser feito por meio do acompanhamento periódico ao veterinário, principalmente de pacientes idosos.
Fontes: ung, apipapiaui