A Câmara aprovou, em votação simbólica, o texto do novo Ensino Médio na quarta-feira (20). Agora, a proposta vai ao Senado.
Plenário rejeitou todos os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto A Câmara aprovou, em votação simbólica, o texto do novo Ensino Médio na quarta-feira (20). Agora, a proposta vai ao Senado.
Dessa forma, após um acordo com o governo, o relator do projeto, o deputado federal Mendonça Filho (União-PE), manteve o aumento da carga horária da formação geral básica para 2.400 horas, somados os três anos do ensino médio, para alunos que não optarem pelo ensino técnico.
Por isso, a carga horária total do ensino médio continua a ser de 3.000 horas nos três anos (cinco horas em cada um dos 200 dias letivos anuais).
Para completar a carga total nos três anos, esses alunos terão de escolher uma área para aprofundar os estudos com as demais 600 horas, escolhendo um dos seguintes itinerários formativos:
linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas. Sendo assim, o plenário rejeitou todos os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto.
O Novo Ensino Médio prevê um total de 3.000 horas-aulas ao longo dos três anos, sendo, no mínimo, 1.800 horas para disciplinas obrigatórias (ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática) e 1.200 para optativas (itinerários formativos escolhidos pelo aluno).
Câmara dos Deputados aprova texto-base do novo ensino médio O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), agradeceu o relator pela construção de um consenso com o governo e com todos os partidos da Câmara. “É assim que se constrói políticas públicas e um resultado pautado no diálogo”, disse.
Por isso, alguns parlamentares do PT e do PSOL criticaram pontos do projeto aprovado, como a possibilidade da atuação de profissionais com notório saber na formação profissional e técnica e a carga horária menor para o ensino técnico.
Então, o deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) disse que o estabelecimento de 1,8 mil horas para o ensino técnico vai resultar na precarização dessa modalidade. “Teremos dois ensinos médios, um da formação geral que poderá ser integral, e outro da formação técnica, que será precarizada, porque essa será para pobre”, criticou.
Sendo assim, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) também criticou a regra que diz que a oferta de formação técnica e profissional poderá ser feita mediante cooperação técnica entre as secretarias de educação e as instituições credenciadas, preferencialmente públicas.
“Na prática, isso significa que eles vão preferir fazer com a rede privada. e a gente sabe quais são os setores que fazem lobby desde a aprovação do novo ensino médio”, disse.
Fonte: agenciabrasil