As informações foram extraídas do Vacinômetro Covid-19 da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS)
Apenas 16% das cidades brasileiras têm pelo menos 80% da população vacinada contra a Covid-19. É o que aponta o relatório “Desigualdade no acesso a vacinas contra a Covid-19 no Brasil”, da organização Oxfam.
Assim, os dados indicam a cobertura vacinal a partir da análise da situação nos 27 estados e no Distrito Federal, no período entre 17 de janeiro de 2021 e 11 de outubro de 2022, tendo em vista indicadores sociais, de gênero e raça/cor da pele.
Separado por regiões, o relatório apontou que, no Sul, 30% dos municípios apresentavam mais de 80% de imunização; no Sudeste, 27,2%; Centro-Oeste, 11,8%; Nordeste, 2,7% e na região Norte 1,1%.
Por estados, a análise continua a demonstrar desigualdades. A título de comparação, Roraima teve um percentual de 57,5% de cidades com pelo menos 80% da população imunizada, enquanto São Paulo obteve índice de 91%.
As informações foram extraídas do Vacinômetro Covid-19 da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS) e Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do Sistema Único de Saúde (SASISUS).
No relatório, também fica demonstrada a distribuição da cobertura vacinal primária nos estados e no Distrito Federal. Aliás, o estudo observou uma correlação entre a cobertura vacinal e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). São Paulo, que tem a maior cobertura vacinal do país, tem seu IDH, segundo o último Censo Democrático (2010), igual a 0,783. Na contramão, o estado do Maranhão teve uma porcentagem de imunização de 64,9% e o IDH foi igual a 0,639.
A meta de cobertura vacinal contra a Covid-19 estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 90%. Mas, o único estado que atingiu a meta foi São Paulo. Ou seja, os 25 estados e o Distrito federal estavam abaixo da meta no período da análise, variando de 57,5% a 87,5%.
Fontes: gov.br, terra