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O Brasil conseguiu apoio de 17 membros regionais na disputa a a presidência do BID.

Brasil vence pela primeira vez a presidência do BID

Novo presidente investirá em combate à pobreza e à mudança climática

A eleição do ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) representa o reconhecimento da plataforma apresentada pelo Brasil, informou (20) à tarde o Ministério da Economia.

Por isso, em nota, a pasta celebrou a vitória e destacou que o resultado conquistado após campanha liderada pelo governo brasileiro.

Então, segundo o ministério, a gestão de Goldfajn terá três eixos centrais: melhoria de infraestrutura física e digital, com mobilização de recursos privados e ampliação da integração regional; combate à pobreza, desigualdade e insegurança alimentar; e combate à mudança climática e proteção da biodiversidade.

“O resultado conquistado após campanha liderada pelo Ministério da Economia. Mas, o candidato brasileiro alcançou ampla maioria, superando os critérios de percentual do capital votante do Banco e de apoio regional, o que permitiu que a eleição fosse concluída na primeira rodada”, ressaltou o comunicado.

A nota do Ministério da Economia citou qualidades de Goldfajn para o cargo, destacando a “trajetória de destaque nos setores público e privado” e “experiência reconhecida como acadêmico”.

Sendo assim, o Presidente do Banco Central do Brasil entre 2016 e 2019, Goldfajn até recentemente era diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Sabatinas

Segundo o ministério, os candidatos foram sabatinados no último dia 13 por representantes dos países que integram o banco. Então, as entrevistas, destacou a pasta, permitiram que os candidatos apresentassem as prioridades para a instituição financeira e sugerissem medidas para impulsionar a recuperação econômica da região.

Ao todo, cinco países indicaram candidatos para a presidência do BID:

Argentina, Brasil, Chile, México e Trinidad e Tobago. Criado em 1959, o órgão foi presidido por cidadãos de México, Chile, Uruguai, Colômbia e Estados Unidos, sendo comandado pela primeira vez por um brasileiro.

Maior instituição financeira multilateral de fomento e integração do mundo, o Banco Interamericano de Desenvolvimento atua em áreas como educação, saúde e infraestrutura para proporcionar qualidade de vida à população da América Latina e Caribe, sendo a principal fonte de financiamento para o desenvolvimento na região.

Dessa forma, a eleição no BID ocorre após a saída do norte-americano Mauricio Clavier-Carone. Indicado para presidir a instituição pelo ex-presidente Donald Trump, Clavier-Carone foi destituído em assembleia de governadores em 26 de setembro, sob a acusação de relações íntimas com uma funcionária e de retaliar funcionários que denunciaram a relação.

O banco está sob comando temporário da hondurenha Reina Irene Mejía, vice-presidente do organismo.

Fonte: agencia brasil