O Banco Central (BC) decidiu (20) reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 10,75% ao ano
O Brasil continua a ter o segundo maior juro real do mundo após novo corte da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.
Nesse sentido, o Banco Central (BC) decidiu (20) reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.), para 10,75% ao ano. Assim, segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram agora em 5,90%. O líder é o México, com taxa real de 7,46%.
Na última divulgação, em 31 de dezembro, o Brasil já ocupava a segunda colocação da lista. Contudo, a combinação de inflação menor e cenário externo positivo ajudou no fechamento de uma taxa real de juros mais baixa, informou o MoneYou.
A Argentina ficou em último lugar no ranking. Apesar de ter as taxas nominais mais altas da lista, de 80% ao ano, o país também enfrenta um quadro de inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.
Sexto corte seguido de juros
Na quarta-feira, o Copom anunciou um novo corte da taxa básica de juros, de 0,50 p.p. Com a redução, a Selic ficou em 10,75% ao ano.
Aliás, esse foi o sexto corte consecutivo da taxa básica por parte do colegiado, após a Selic ter se mantido em 13,75% ao ano por cerca de um ano.
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira caiu para a 6ª posição. Veja abaixo:
- Argentina: 80%
- Turquia: 45%
- Rússia: 16%
- Colômbia: 12,75%
- México: 11,25%
- Brasil: 10,75%
- Hungria: 9%
- África do Sul: 8,25%
- Chile: 7,25%
- Filipinas: 6,50%
- Índia: 6,50%
- República Checa: 6,25%
- Indonésia: 6%
- Polônia: 5,75%
- Hong Kong: 5,75%
- Estados Unidos: 5,50%
- Nova Zelândia: 5,50%
- Reino Unido: 5,25%
- Canadá: 5%
- Israel: 4,50%
- Alemanha: 4,50%
- Áustria: 4,50%
- Espanha: 4,50%
- Grécia: 4,50%
- Holanda: 4,50%
- Portugal: 4,50%
- Bélgica: 4,50%
- França: 4,50%
- Itália: 4,50%
- Austrália: 4,35%
- Suécia: 4%
- Dinamarca: 3,60%
- Coreia do Sul: 3,50%
- Cingapura: 3,49%
- China: 3,45%
- Malásia: 3%
- Tailândia: 2,50%
- Taiwan: 1,88%
- Suíça: 1,75%
- Japão: 0,10%
Fontes: jornalosul, g1, economicnews, investnews