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Após consolidar sua posição como potência produtiva, ao exportar US$ 164,4 bilhões em 2024, o que representou 49% das vendas externas do país, o Brasil também começa a exportar talentos do agronegócio. Foto: Divulgação

Brasil passa a exportar talentos do agronegócio e ganha destaque global em inovação e sustentabilidade

O Brasil exportar talentos do agronegócio reflete a evolução do setor, que agora leva ao mundo não só produtos, mas também conhecimento, inovação e sustentabilidade

O Brasil exportar talentos do agronegócio é uma realidade que marca uma nova fase do setor. Sobretudo, o agronegócio brasileiro está prestes a romper uma nova fronteira. Após consolidar sua posição como potência produtiva — com exportações que atingiram US$ 164,4 bilhões em 2024, equivalentes a 49% das vendas externas do país — o setor começa a se destacar também pela exportação de profissionais altamente qualificados.

À medida que o mundo busca soluções para segurança alimentar, sustentabilidade e eficiência, cresce a demanda global por especialistas brasileiros do agro, reconhecidos por sua formação técnica, inovação e capacidade de adaptação.

Mobilidade internacional de especialistas do agro

Sobretudo, há um movimento silencioso em curso: o da mobilidade internacional de especialistas do agro. Agrônomos, engenheiros agrícolas, veterinários, especialistas em fitossanidade, geneticistas, gestores de sustentabilidade e biotecnólogos estão cruzando fronteiras, levando o conhecimento que conecta a produção agrícola ao avanço científico global.

Profissionais que transformam ciência em produtividade

Essa camada profissional é estratégica porque transforma inovação em produtividade e traduz a ciência em resultados concretos, conectando laboratórios, startups e fazendas. Segundo a consultoria global McKinsey, o agronegócio brasileiro supera a média global em digitalização e sustentabilidade. Não à toa, a circulação desses talentos tornou-se tema estratégico em países desenvolvidos.

O reconhecimento internacional do talento brasileiro

“O mundo está descobrindo o valor do profissional brasileiro do agro”, afirma Leonardo Leão, especialista em mobilidade global e CEO da Leao Group. “Ele une técnica e visão prática, criatividade e resiliência, uma combinação rara e altamente competitiva no cenário global.”

Alta demanda por especialistas em sustentabilidade

Nos Estados Unidos, com o crescente foco na sustentabilidade, engenheiros agrônomos com especialização em técnicas sustentáveis estão em alta demanda, uma vez que o setor busca promover a agricultura regenerativa. Segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS), a demanda por engenheiros agrícolas e outros profissionais do setor deve crescer cerca de 6% até 2032, com projeções que apontam para até 6 milhões de vagas em aberto até 2026.

Crescimento dos vistos de qualificação profissional

O país desenvolveu rotas específicas de imigração baseadas puramente em qualificação profissional. Entre outubro de 2024 e maio de 2025, nos oito primeiros meses do ano fiscal, foram emitidos 4.333 Green Cards para brasileiros. Desses, 2.126 foram por vistos EB-1 e EB-2, para brasileiros com habilidades extraordinárias e grau acadêmico avançado, o que representa crescimento de 24,61%.

EB-2 NIW: a porta de entrada para profissionais do agro

O visto EB-2 NIW (National Interest Waiver) representa uma oportunidade singular para profissionais do agro. O NIW permite que a pessoa que atenda aos critérios exigidos não precise sequer de um empregador ou oferta de trabalho nos EUA, qualificando-se para o Green Card apenas com base em seus méritos e na trajetória profissional. É um reconhecimento direto do valor estratégico que esses especialistas representam.

Canadá, Austrália e Portugal seguem o mesmo caminho

Canadá, Austrália e Portugal seguem caminhos semelhantes, desenvolvendo programas de residência permanente que priorizam qualificações técnicas sobre ofertas de emprego. É uma mudança de paradigma: países desenvolvidos reconhecem que atrair expertise em agronegócio sustentável é questão de segurança e estratégia nacional.

Planejamento e mobilidade global de carreira

Para os brasileiros, a internacionalização de carreira vai além da busca por uma vaga no exterior. Exige planejamento de mobilidade global, quando credenciais e experiência são convertidas em direito de residência permanente. Nesse contexto, consultorias como a Leao Group têm auxiliado profissionais e executivos do agro a estruturar processos migratórios complexos, mostrando como suas qualificações atendem aos interesses estratégicos de outros países.

Exportar conhecimento é expandir fronteiras

Segundo Leonardo Leão, o movimento não se resume a “deixar o Brasil”, mas a “expandir possibilidades”. “Cada profissional que conquista residência no exterior por mérito é um embaixador da inteligência agrícola brasileira. Ele demonstra ao mundo que o país é referência não apenas em produção, mas também em conhecimento e inovação”, destaca.

A nova fronteira do agro brasileiro

A nova fronteira do agro brasileiro não está apenas nos mercados que conquista, mas nas mentes que forma e exporta. Quando um engenheiro agrônomo brasileiro especialista em agricultura de precisão conquista residência permanente nos Estados Unidos sem oferta prévia de trabalho, algo maior está em curso: o reconhecimento de que o Brasil forma profissionais estratégicos para o futuro agrícola e alimentar do planeta.

Do grão à inteligência: o novo ativo do Brasil

Por décadas, o país exportou commodities. Agora, começa a exportar algo ainda mais valioso: a inteligência que as produz.

Fonte: forbes