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O Brasil ficou na quarta posição com 81% dos empresários brasileiros confiantes no aumento dos lucros

Brasil ocupa 6º lugar em ranking de otimismo empresarial

A pesquisa também avaliou a percepção dos empresários a respeito das limitações ao crescimento dos negócios

Um estudo da consultoria Grant Thornton realizado em 28 países colocou o Brasil na sexta colocação em um ranking de otimismo empresarial em relação à economia do país.

Sendo assim, mais de 4,7 mil empresários foram ouvidos ao longo do ano passado sobre diferentes aspectos do ambiente de negócios dos países em que operam.

À frente do Brasil (62%), as maiores expectativas positivas dos empresários tiveram registro na Indonésia (76%), no Vietnã (75%) e nos Emirados Árabes (74%). O índice foi de 60% na América Latina e de 59% na média global.

Como os dados foram coletados até dezembro de 2022, eles não contemplam a percepção dos empresários brasileiros a respeito dos ataques golpistas de 8 de janeiro em Brasília.

De acordo com o CEO da Grant Thornton, Daniel Maranhão, a confiança de fato foi abalada diante das incertezas políticas e possíveis impactos econômicos da invasão às sedes dos poderes. Ele pondera, no entanto, que a rápida resposta das autoridades foi positiva.

“As medidas que foram e estão sendo tomadas pelos vários órgãos governamentais trouxeram maior tranquilidade ao mercado e a percepção de estabilidade para economia, tanto para os empresários locais, quanto para os investidores internacionais”, pontuou Maranhão.

O estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, avalia que o cenário internacional está mais favorável para a cadeia produtiva do país.

“Tivemos momentos em que a China e outros países não estavam enviando insumos de forma natural, com os chineses fechando portos e encarecendo fretes. O empresário que muitas vezes depende de algum item produzido fora do Brasil estava em uma situação muito difícil. Agora, ele já consegue enxergar que 2023 vai ser um ano mais tranquilo”.

Cruz também destaca que a demanda está mais previsível. “Em 2020 e 2021, as pessoas consumiam muito mais no varejo do que em serviços, já que elas não saíam de casa. Além disso, no ano passado foi mais alternado, com aumento dos serviços. Portanto, agora as coisas devem voltar ao normal”.

 Ranking do Otimismo Empresarial

Além do otimismo em relação à economia, 81% dos empresários brasileiros mostraram confiança no crescimento das receitas e no volume de negócios, o que nos coloca na terceira colocação nesse aspecto, atrás de Indonésia e Nigéria (84%) e do Vietnã (82%).

A América Latina aparece com 73% e o índice global ficou em 56%. O item lucratividade apresentou números parecidos. Portanto, o Brasil ficou na quarta posição com 81% dos empresários brasileiros confiantes no aumento dos lucros.

Na liderança da pesquisa aparecem Indonésia e Nigéria (84%), além do Vietnã (82%). Assim, a América Latina, com 73%, ficou em posição acima do índice global de 56%.

Se analisarmos o número de empregos, os brasileiros são os que têm a maior expectativa de crescimento para os próximos 12 meses. Aliás, com índice de 75%, o Brasil divide a liderança com a Índia, seguidos pela Nigéria (74%) e Filipinas (67%).

A América Latina registrou 62%, enquanto a média global ficou em 48%. O Brasil (77%) também é o primeiro colocado quando se trata da expectativa para investimentos nas habilidades da equipe, à frente da Índia (75%) e da Nigéria (74%). O índice da América Latina foi de 61% e a média global, de 53%.

Entraves

A pesquisa também avaliou a percepção dos empresários a respeito das limitações ao crescimento dos negócios. Assim, no Brasil, 53% destacaram as incertezas econômicas como principal entrave.

A Argentina (80%) é quem lidera o índice, à frente de Índia e Coreia do Sul (76%) e Singapura (73%). A falta de profissionais qualificados tem apontamento por 47% dos empresários brasileiros, atrás de Índia (69%), Estados Unidos e Canadá (67%), além de Coreia do Sul (66%).

Outro aspecto apontado foi a falta de financiamento, de acordo com 36% dos empresários brasileiros. Esse problema é mais grave em Singapura (65%), na Índia (64%) e na Coreia do Sul (60%).

Fonte: tribunadonorte