Lula chegou com sua comitiva ao Grande Salão do Povo às 16h30, sendo recebido com toda pompa pelo líder chinês, Xi Jinping
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira, 14, assinou 15 novos acordos com a China. A projeção no Ministério da Fazenda é que os acordos totalizem cerca de R$ 50 bilhões de investimento.
Assim, Lula chegou com sua comitiva ao Grande Salão do Povo às 16h30, sendo recebido com toda pompa pelo líder chinês, Xi Jinping. Aliás, os dois vão manter uma reunião ampliada e um encontro bilateral, antes de jantarem juntos mais tarde.
Sendo assim, na lista de acordos se destacam memorandos de entendimento entre o ministério chinês das finanças e a Fazenda. Portanto, para infraestrutura e parcerias público-privadas, e um protocolo sobre a parcerias público-privadas. E um protocolo sobre a parceria sino-brasileira para fabricar e operar satélites CBERS-6. De acordo com o governo brasileiro, o diferencial do novo modelo é uma tecnologia que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens.
Assim, outro acordo envolve a empresa chinesa Huawei, vencedora de leilão realizado em 2021 para fornecer equipamentos para implantação da tecnologia 5G em todo o Brasil. Aliás, a empresa é acusada pelos Estados Unidos de crime organizado e conspiração para roubar segredos comerciais por meio de tecnologia. Mas na verdade é uma empresa privada no centro das disputas comerciais por meio de tecnologia. Mas na verdade é uma empresa privada no centro das disputas comerciais entre Washington e Pequim.
Já a agropecuária brasileira deve ser beneficiada por um plano de trabalho para a certificação eletrônica de carnes. E um protocolo para a abertura aduaneira do mercado chinês para farinhas de suínos e aves.
Além disso, em discurso no Grande Salão do Povo antes das reuniões, Lula afirmou ter ficado “emocionado com o espetáculo” da cerimônia de boas-vindas. E aliás, destacou querer ir além do comércio na relação entre os dois países.
“Nós queremos que a relação Brasil-China transcenda a questão comercial”, disse, defendendo que a visita à gigante da tecnologia Huawei. Assim, na véspera, foi para “dizer ao mundo que não temos preconceito na nossa relação com os chineses e que ninguém vai proibir que o Brasil aprimore a sua relação com a China”.
Em 2022, a China importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional. Desse modo, o volume comercializado, US$ 150,4 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004. Dessa forma, esta é a terceira viagem de Lula como presidente brasileiro ao gigante asiático.
Veja a lista de acordos assinados com a China:
1) Memorando de entendimento sobre o grupo de trabalho de facilitação de comércio entre o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da Relações Exteriores e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil. E o ministério do comércio da República Popular da China;
2) Protocolo complementar sobre o desenvolvimento conjunto do CBERS-6 entre o governo da República Federativa do Brasil e o governo da República Popular da China ao “Acordo-quadro sobre cooperação em aplicações pacíficas de ciência e tecnologia do espaço exterior entre o governo da república federativa do Brasil e o governo da República Popular da China”;
3) Memorando de entendimento sobre cooperação em pesquisa e inovação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China;
4) Memorando de entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da República Popular da China sobre cooperação em tecnologias da informação e comunicação;
5) Memorando de entendimento entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil. Assim, a comissão nacional de desenvolvimento e reforma da República Popular da China para a promoção do investimento e cooperação industrial;
6) Memorando de entendimento sobre o fortalecimento da cooperação em investimentos na economia digital entre o Ministério do Comércio da República Popular da China e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio. E Serviços da República Federativa do Brasil;
7) Memorando de entendimento (“MdE”) entre o Ministério da Fazenda do Brasil e o Ministério das Finanças da China;
8) Memorando de entendimento sobre cooperação em informação e comunicações entre o Ministério das Comunicações da República Federativa do Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações da República Federativa do Brasil e o Ministério da Indústria. E Tecnologia da Informação da República Popular da China;
9) Acordo de coprodução televisiva entre o governo da República Federativa do Brasil. E o governo da República Popular da China;
10) Memorando de entendimento entre grupo de mídia da China e Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República Federativa do Brasil;
11) Acordo de cooperação entre agência de notícias Xinhua e Empresa Brasil de Comunicação;
12) Memorando de entendimento entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar da República do Brasil. E o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da República Popular da China na cooperação para o desenvolvimento social e rural. E combate à fome e à pobreza;
13) Plano de cooperação espacial 2023-2032 entre a Administração Espacial Nacional da China. E a Agência Espacial Brasileira;
14) Plano de trabalho Brasil-China de cooperação na certificação eletrônica para produtos de origem animal;
15) Protocolo entre o Ministério da Agricultura e Pecuária República Federativa do Brasil e a Administração-Geral de Aduanas da República Popular da China sobre requisitos sanitários. E de quarentena para proteína processada de animais terrestres a ser exportada do Brasil para a China.
Fonte: Veja