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O presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória (MP) que prorroga benefícios fiscais às multinacionais brasileiras por mais 2 anos.

Bolsonaro prorroga benefícios fiscais às multinacionais brasileiras

Renúncia estimada pela Receita Federal é de R$ 4,20 bilhões para o ano de 2023

O presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória (MP) que prorroga benefícios fiscais às multinacionais brasileiras por mais dois anos, até o final de 2024, segundo publicação no Diário Oficial da União (22).

A MP estende a validade do regime de consolidação para multinacionais brasileiras, que permitiu a essas empresas englobar os resultados de sua controladas, de forma que a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incida apenas em caso de lucro na soma de toda a companhia.

Além disso, a MP prorroga a possibilidade de dedução de até 9%, a título de crédito presumido, do Imposto de Renda Pessoa Jurídica incidente sobre a parcela do lucro real da multinacional controladora brasileira que tem subsidiárias no exterior — desde que não em paraísos fiscais.

Dessa forma, os dois benefícios fiscais estabelecidos em lei de 2014 e terminariam inicialmente no final deste ano.

“A MP aumenta a competitividade das multinacionais brasileiras que exercem atividade produtiva no exterior, porque aproxima a tributação delas aos patamares dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do G20“, disse a Receita Federal em nota.

O órgão acrescentou que a prorrogação dos benefícios evita prejuízo e favorece ampliação de investimentos no exterior em um cenário de recuperação econômica.

Sendo assim, a renúncia estimada pela Receita Federal é de R$ 4,20 bilhões para o ano de 2023. Então, para convertida em lei, a MP e aprovada pelo Congresso em 120 dias.

Comparação

A maioria dos países que adota o teto de gastos o faz por meio de leis ordinárias ou de planos plurianuais, de no máximo três ou quatro anos. Além do Brasil, poucos países fixaram a âncora fiscal na Constituição, como Dinamarca, Singapura e Geórgia.

Também diferentemente de outros países, o teto de gastos no Brasil inclui os investimentos (obras públicas e compras de equipamentos) e não tem válvula de escape em momentos de recessão ou de crise econômica.

No Peru, que adota um teto de gastos desde 1999, a despesa não era corrigida simplesmente pela inflação, com o crescimento real (acima da inflação) de 2% nos primeiros anos e de 4% a partir de 2004.

O teto de gastos no país vizinho também descumprido quando o crescimento econômico fosse baixo e, em 2012, passou a excluir investimentos, programas sociais e gastos com segurança pública.

Fonte: cnn