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Preços do boi registram evolução muito próxima da obtida pelo frango, quem mais perde, novamente, é o suíno

SETEMBRO: Boi, suíno e frango vivos neste e nos nove primeiros meses de 2021, cotação

Preços do boi registram evolução muito próxima da obtida pelo frango, quem mais perde, novamente, é o suíno

Levando em conta que a inflação de setembro, medida pelo IPCA-1 mínima. Ou seja: o frango vivo permaneceu com a mesma cotação de agosto. Já o boi (afetado pelos casos atípicos de doença da vaca louca) está vendo seu preço recuar perto de 3,50%.

Porém, o recuo mais significativo do mês, com queda de quase 7%, fica com o milho. O que, para a produção animal, ainda não tem maior significado, visto que, na média dos nove primeiros meses de 2021. Ou mesmo em relação aos preços de um ano atrás, a principal matéria-prima do setor continua liderando as altas registradas.

Assim, em comparação aos valores de setembro de 2020, quem mais se aproxima do milho é o frango, cuja cotação está a apenas 4,61% do grão. Para o boi, a distância é maior, de 28,40%. Mas a pior situação permanece com o suíno, com 63,10% abaixo do milho.

De qualquer forma, o ganho anual do frango se dilui ao tomar-se como base de comparação o preço médio dos três primeiros trimestres de 2020 e 2021. Porque seu preço, embora empatando com o do farelo de soja, fica mais de 20% abaixo da evolução registrada pelo milho.

E como os preços do boi registram evolução muito próxima da obtida pelo frango, quem mais perde, novamente, é o suíno, já que seu preço, perto de 22% superior ao de idêntico período de 2020, permanece a mais de 50% de distância da valorização obtida pelo milho.

Mais notícias sobre o Boi

Boi: Frigoríficos que atendem ao mercado interno estão ofertando preços melhores para arroba

O Pecuarista de São Paulo relata que a rentabilidade já começa a ficar comprometida com o mercado parado à espera da retomada da China às compras. O preço da arroba registrou recuo de 10% em um mês, enquanto os custos com o confinamento só aumentaram.

As indústrias frigorificas do estado de São Paulo que atende ao mercado interno estão ofertando ao redor de R$ 300,00/@ para o boi gordo, enquanto as indústrias de grande porte estão precificando em torno de R$ 290,00/@ para o boi gordo com padrão exportação. A média das escalas de abate atende a média de 5 a 6 dias úteis, mas a capacidade está reduzida frente aos meses anteriores.

O Diretor da CV Nelore Mocho, Ricardo Viacava, destacou que os pecuaristas estão preferindo negociar o animal terminado com as indústrias que atende ao mercado interno. “É muito complicado deixar o animal por muito tempo no confinamento diante dos custos elevados e com essa queda de 10% em um mês da arroba. A nossa salvação está sendo as indústrias que destinam a produção para o mercado interno e que não sentiu o impacto da suspensão dos embarques para China”, comentou.

Os pecuaristas ficaram desestimulados de investir na genética diante da estiagem prolongada e geadas. “Não tem como manter o animal no pasto com a baixa qualidade, mas acreditamos que as chuvas vão retornar e vai melhorar a qualidade dos pastos”, afirmou.

 

Ft: AviSite/Notícias Agrícolas