Para 2021, o mercado continua repleto de desafios, entretanto, acreditamos que o movimento pela busca de bicicletas continuará em alta no Brasil nos próximos anos
Se em 2020 o mercado de bicicletas viveu um momento especial no Brasil, o primeiro semestre de 2021 aponta que o segmento continua em alta. Isto é, o país registrou a média de 34,17% de aumento nas vendas das bikes em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com informações do monitoramento realizado pela Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas) que ouviu 180 lojistas de 20 estados diferentes, e com portes distintos.
Segundo este levantamento, o pico das vendas ocorreu no primeiro trimestre do ano, período em que aumentou 52% em relação ao mesmo período de 2020. É importante pontuar que, no primeiro semestre do ano passado, o mercado de bicicletas foi bastante impactado por conta do fechamento das lojas.
Assim também, os meses de março e abril apresentaram queda por conta do consumo represado das famílias e pelo fechamento das fábricas na Ásia. Contudo, o mercado começou a se recuperar a partir de maio de 2020, tendo um pico de aumento nas vendas em julho do ano passado. Ou seja, ocorreu um crescimento de 118% sobre 2019.
“Para 2021, o mercado continua repleto de desafios. Entretanto, acreditamos que o movimento pela busca de bicicletas continuará em alta no Brasil nos próximos anos. Esta é uma tendência registrada em praticamente todo o mundo”, afirma o presidente da Aliança Bike, Giancarlo Clini.
Pesquisa de monitoramento é otimista
A partir desse monitoramento, a Aliança Bike identificou uma pequena mudança no perfil das bicicletas procuradas por consumidores. As bicicletas de até R$ 3 mil continuam sendo as mais procuradas (61% do total comercializado), porém a fatia de R$ 2 a R$ 3 mil foi a que mais cresceu, representando 29% do total.
Bicicletas entre R$ 3 mil e R$ 5 mil também registraram aumento nas vendas durante o período, somando 20% do total comercializado. Apenas 5% das bicicletas comercializadas têm valores acima de 10 mil reais.
Outro fator que ajuda a explicar o mercado em alta é a procura por modelos de maior valor agregado, qualidade e também por uma maior diversidade de modelos, como as bicicletas elétricas. As mountain bikes ainda lideram as vendas, com uma fatia de 60% do total comercializado.
Contexto do mercado
Em 2020, com o início da pandemia do coronavírus no Brasil, o mercado brasileiro de bicicletas foi fortemente afetado de maneira negativa. No mês de maio de 2020, seguindo uma tendência mundial de alta das bicicletas, o mercado no Brasil começou a responder positivamente. No balanço anual, 2020 confirmou a onda de crescimento do mercado de bicicletas, registrando média de 50% de aumento nas vendas das bikes em comparação a 2019.
Outro ponto relevante é que o setor de bicicletas tem sido resiliente na pandemia: a procura, como os números comprovam, continua alta, apesar das dificuldades do próprio mercado de bicicleta em atender a esta demanda. A dificuldade vem principalmente por conta do desabastecimento da cadeia de suprimentos, especialmente de componentes para a montagem de bicicletas.
No entanto, para o segundo semestre de 2021, a maior parte do setor de bicicletas está otimista com a manutenção da alta demanda por bicicletas. Importadores, fabricantes e distribuidores estão buscando alternativas para lidar com os desafios ocasionados pela alta demanda na comercialização.