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Banco Central (BC) mantém juros em 15% e não indica início para corte da taxa Selic. A decisão foi tomada de forma unânime pelo colegiado. Foto: Reprodução/ agência brasil

BC mantém juros em 15% e não indica início para corte da taxa Selic

BC segura juros e prolonga estabilidade da Selic

O Copom (Comitê de Política Monetária) voltou a manter a taxa Selic – que mede os juros básicos do país – em 15% ao ano (17), esta é a segunda manutenção realizada pelo Banco Central (BC) desde que interrompeu o ciclo de aperto monetário em julho. A decisão foi tomada de forma unânime pelo colegiado.

Sobretudo, a autarquia voltou a destacar que os riscos para inflação seguem elevados, tanto no sentido de baixa, quanto de alta.

Desse modo, a autoridade monetária avalia que “o cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária. O Comitê seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.

Não foi indicado quando o ciclo de corte será iniciado, do contrário, o comitê reforçou que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”.

Em sua balança de riscos, entre os fatores que podem pressionar a alta dos preços, o BC destaca:

  1. Desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado;
  2. Maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo;
  3. Conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.

Entre os fatores que podem levar a uma baixa, indica:

  1. Eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada, tendo impactos sobre o cenário de inflação;
  2. Desaceleração global mais pronunciada decorrente do choque de comércio e de um cenário de maior incerteza;
  3. Redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários.

Ademais, o Copom revisou suas estimativas de inflação para este ano, prevendo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 4,8% no final de 2025, ante 4,9% previstos anteriormente.

O boletim Focus, compilado semanalmente pela própria autarquia, apurou a expectativa do mercado, em linha com a decisão.

Sobretudo, a mediana dos agentes econômicos antevê que a Selic só deve voltar a cair no dia 28 de janeiro de 2026. Primeira reunião do Copom no próximo ano, com um corte de 0,25 ponto percentual, a 14,75%,

Por fim, com a manutenção, a Selic segue no maior patamar desde 2006. Em suas últimas decisões, o BC já previa manter a taxa de juros em “patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”.

Fonte: cnn