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A primeira prova do líder do "BBB 24", levantou uma discussão sobre capacitismo o preconceito contra pessoas com deficiência.

BBB 24/CAPACITISMO: Entenda debate sobre Vinicius ser chamado de ‘cotinho’

A primeira prova do líder do “BBB 24”, que começou (9) e levantou uma discussão sobre capacitismo o preconceito contra pessoas com deficiência. O cozinheiro escolar Maycon recebeu críticas depois de ter feito um comentário sobre o atleta paralímpico Vinicius Rodrigues.

O que aconteceu? Maycon perguntou a Vinicius se poderia “apelidar” a prótese do velocista e sugeriu dar o nome de “cotinho” o termo vem da palavra “coto”, popularmente usada para se referir à parte restante de um membro amputado.

Qual é a prótese usada por Vinicius Rodrigues? O atleta, de 29 anos, teve parte da perna esquerda amputada depois de ter sofrido um acidente de carro há dez anos, em Maringá, no norte do Paraná.

Como foram as críticas ao comentário de Maycon? O influenciador e ativista Ivan Baron escreveu no Twitter: “Menos de 24h de programa e o Maycon já foi capacitista 2x com o Vinicius, e independente se ele incomoda ou não, esse tipo de pergunta não se faz para uma pessoa amputada se você não tiver o mínimo de intimidade”.

O que é capacitismo? De acordo com o Ministério da Cidadania, exemplos:

  • expressões inadequadas;
  • olhares de julgamento;
  • invasão de privacidade;
  • e Ausência de pessoas com deficiência em diversos espaços.

Exemplos de capacitismo no cotidiano

Em entrevista a consultora Julia Drezza, que também é uma pessoa com deficiência, cita exemplos práticos de atitudes capacitistas no cotidiano: “Comunicar-se somente com o acompanhante de uma pessoa com deficiência, ou achar que a pessoa não é capaz de decidir por ela, achar que a pessoa não pode namorar, ter uma carreira”.

De acordo com ela, que trabalha na Mais Diversidade, uma consultoria de diversidade e inclusão, as situações acima são exemplos de barreiras comportamentais que dificultam a “existência de qualidade para pessoas com deficiência”.

“De uma forma muito nítida, deu para ver o constrangimento no rosto do Vinicius. Obviamente, ele não devia estar se sentindo seguro psicologicamente. Será que as pessoas no entorno pararam para pensar em relação a isso?”, questiona Julia Drezza.

“A pessoa com deficiência faz parte de um grupo bastante relevante da sociedade, que representa 9% da população do Brasil. Assim, a própria expressão ‘deficiência’ remete ao que não é eficiente. Mas, de fato, o que não é eficiente? A pessoa ou o espaço que a acolhe? Existe uma responsabilização de que a pessoa com deficiência não está participando, mas o que está impactando é tudo aquilo que acolhe essa pessoa.”

Fonte: g1