Em evento que abre processo eleitoral de 2022, presidente do TSE cita democracia e Constituição. E fala em “jogo limpo”
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, aproveitou a abertura de evento para defender o sistema de votação e finalizar a polêmica do chamado voto impresso, bandeira bolsonarista.
“Estamos todos empenhados em prover a sociedade de eleições limpas, seguras e auditáveis”, declarou. Mais tarde, falando com jornalistas, o ministro foi explícito ao se referir à lisura do sistema eleitoral brasileiro.
“Tenho a impressão de que, depois que a Câmara votou, que o presidente do Senado disse que não reabriria a matéria e que o próprio presidente da República diz que confia no voto eletrônico, acho que finalmente esse defunto foi enterrado”, afirmou Barroso em entrevista coletiva.
Em agosto, a Câmara rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135, que restituía o voto impresso e que o governo defendia enfaticamente.
Todos eleitos pelo atual sistema
Na abertura do “Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2022”, na tarde desta segunda-feira (4), Barroso antecipou a abertura dos códigos-fonte (decisão tomada em resolução de setembro), que trazem a programação do sistema. Normalmente, isso é feito seis meses antes da eleição.
“Infelizmente, as pessoas não tinham a preocupação em acompanhar a abertura do código-fonte”, afirmou. “Não há nenhum segredo: esse é um sistema que está em vigor desde 1996, pelo qual foram eleitos todos os parlamentares que estão aqui.”
Barroso e democracia
Ainda na apresentação, o presidente do TSE lembrou que amanhã (5) a Constituição completa 33 anos e defendeu a democracia. “Dedicamos a conquistá-la e agora cuidamos de preservá-la. Eleições livres fazem parte da ideia de democracia que todos nós cultivamos.
Nós do TSE acreditamos que democracia é gênero de primeira necessidade. Nós nos empenhamos para que as urnas expressem fidedignamente a vontade popular e para que o jogo transcorra da maneira mais limpa possível.”
Ft: redebrasilatual