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A bancada feminina no Senado terá dez cadeiras, duas a menos do que quatro anos atrás, após as eleições de 2018

Bancada feminina no Senado fica menor após primeiro turno

Dependendo do resultado da eleição presidencial, os números podem aumentar ou diminuir, dependendo do eleito

O Senado Federal continuará sendo uma Casa formada majoritariamente por homens, apenas quatro mulheres se elegeram senadoras, em 3 de outubro, resultado que fará com que a bancada feminina seja menor na nova legislatura em comparação com a que começou quatro anos atrás. Em fevereiro de 2022, quando tomarem posse, Damares Alves (Republicanos-DF), Professora Dorinha (União-TO), Teresa Leitão (PT-PE) e Tereza Cristina (PP-MS) se somarão às seis que permanecem no cargo por mais quatro anos. Daniella Ribeiro (PSB-PB), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Leila Barros (PDT-DF), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Soraya Thronicke (União-MS) e Zenaide Maia (Pros-RN). Com isso, a bancada feminina no Senado terá dez cadeiras, duas a menos do que quatro anos atrás, após as eleições de 2018.

Assim, dependendo do resultado da eleição presidencial, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputa o segundo turno com o atual, Jair Bolsonaro (PL). Esses números podem aumentar ou diminuir, dependendo do eleito. Se for o candidato do PT, três senadores vitoriosos no domingo são cotados para compor o novo governo federal. Wellington Dias (CE) e Camilo Santana (PI), ambos do PT, e Flávio Dino (MA), do Maranhão. Atuam na coordenação da campanha de Lula e são nomes fortes para ocupar cargos no Executivo. E ainda há a possibilidade de Lula acomodar Omar Aziz, reeleito pelo PSD do Amazonas, que presidiu a CPI da Covid-19 e é um dos principais aliados do ex-presidente na Região Norte.

Banco de reservas da bancada feminina no Senado

Se Bolsonaro conquistar nas urnas eletrônicas mais quatro anos à frente do Palácio do Planalto, três senadores eleitos passariam o cargo para as suplentes. Portanto, no caso de serem convidados a compor a próxima equipe de governo: o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, eleito pelo Republicanos do Rio Grande do Sul; Margo Malta (PL). Que aliás retorna ao Senado eleito pelo Espírito Santo; e Wilder Morais (PL), que conquistou a vaga destinada a Goiás.

A cearense Augusta Brito já foi prefeita de Graça (CE), deputada estadual e deputada federal. Neste ano, trocou o PCdoB pelo PT para lançar-se como primeira suplente do ex-governador Camilo Santana. Que deixou o cargo em abril para se candidatar ao Senado. Santana integrou a coordenação da campanha de Lula na Região Nordeste, assim como Wellington Dias, ex-governador do Piauí e nome forte do PT, também eleito para o Senado. A suplente dele é Jussara Lima, esposa do presidente estadual do PSD, deputado federal Júlio César, e mãe do deputado estadual Georgiano Neto (PSD). Ambos reeleitos com as maiores votações no estado para os respectivos cargos.

Contudo, Flávio Dino, do PSB maranhense, também cotado para integrar o governo Lula, caso o ex-presidente vença o segundo turno. Além disso, se deixar o Senado, sua cadeira irá para a enfermeira e empresária Ana Paula Lobato, vice-prefeita de Pinheiro, município da Baixada Maranhense.

Bolsonaro

No entanto, se o vencedor for Bolsonaro, a situação se inverte. Duas das quatro senadoras eleitas foram ministras no atual governo: Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MT). Caso sejam convidadas a retornar ao Executivo federal em um hipotético segundo mandato de Bolsonaro. Suas cadeiras no Senado serão ocupadas por suplentes homens: o advogado Manoel Arruda, presidente do União Brasil no DF, e Tenente Portela, amigo pessoal de Bolsonaro, respectivamente. Portanto, dos senadores eleitos com apoio do presidente em 3 de outubro, apenas o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Magno Malta (PL-ES) e Wilder Morais (PL-GO) têm mulheres na suplência.

Aliás, no primeiro mandato de Bolsonaro, Magno Malta esperava ganhar algum cargo no governo federal, depois de tentar — e perder — a reeleição para o Senado, em 2018. Agora, volta fortalecido pela vitória no Espírito Santo, em que derrotou a senadora Rose de Freitas (PSDB), que tentava a reeleição. Se chamado pelo presidente para algum cargo no Executivo, sua vaga no Senado terá ocupação pela professora e evangélica Marcinha Macedo (PL). Que aliás  foi sua assessora em Brasília quando exerceu o cargo de senador.

O general Hamilton Mourão, responsável por uma das mais importantes vitórias do bolsonarismo em 3 de outubro, tem como suplente a deputada federal Liziane Bayer. A irmã dela, Franciane Bayer (REP-RS), eleita deputada federal. No caso do goiano Wilder Morais, a suplente é Izaura Cardoso, mulher do senador Vanderlan Cardoso, do PSD. Que trabalhou intensamente para que o governador reeleito do estado, Ronaldo Caiado, abandonasse a posição de neutralidade na corrida presidencial. Logo após o resultado do primeiro turno, Caiado declarou apoio a Jair Bolsonaro.

Fontes: senado.leg, correiobraziliense