De acordo com os pesquisadores, a presença de certas bactérias na boca pode retardar o declínio cognitivo, melhorando a memória
Um novo estudo aponta que as bactérias que vivem dentro da nossa boca podem ter um papel muito maior do que imaginávamos. Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho descobriram que as bactérias da boca também podem afetar o cérebro, retardando o declínio cognitivo, combatendo doenças como o Alzheimer, além de melhorar a nossa memória.
Bactérias da boca podem retardar o declínio cognitivo, combatendo o Alzheimer
Dessa forma, o mais recente estudo, liderado por pesquisadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, sugere que, ao promover certas bactérias na boca, poderíamos retardar o declínio cognitivo. Isso pode ser alcançado com probióticos ou prebióticos que podem aumentar e alimentar certas comunidades microbianas na cavidade oral em apenas algumas semanas.
Nos últimos anos, a má saúde bucal surgiu como um importante fator de risco para o declínio cognitivo. Os cientistas até encontraram algumas bactérias ligadas à doença gengival no cérebro daqueles que morreram de Alzheimer.
Ainda assim, nem todos os micróbios presentes na boca são necessariamente prejudiciais ao cérebro. O novo trabalho revela que alguns deles podem ter impactos positivos para a nossa saúde, semelhante às bactérias no intestino.
Por fim, o gênero Neisseria inclui mais de 20 espécies de bactérias, muitas das quais normalmente vivem no nariz e na boca. Elas podem reduzir a pressão arterial sistêmica de uma pessoa, ajudando a converter alimentos ricos em nitrato (geralmente vegetais) em óxido nítrico. Os cientistas explicam que o óxido nítrico é uma molécula de sinalização chave no corpo, que protege contra doenças gengivais, além de ajudar a manter o cérebro saudável.
Saiba mais sobre a Doença de Alzheimer (DA)
A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.
A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.
A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. Assim, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.
Fonte: olhar digital
