Com atuação nas 79 cidades de Mato Grosso do Sul, a Famasul age de forma intrínseca no desenvolvimento do setor rural do estado
Mato Grosso do Sul (MS) tem como parte do DNA o agronegócio, o passado da segunda unidade federativa mais jovem criada no Brasil foi fundamentado em cima da terra vermelha e das condições climáticas favoráveis ao campo. Pela participação ativa no âmbito rural, ao longo dos quase 45 anos de existência, a história de MS se mescla com a da Federação da Agricultura e Pecuária do estado (Famasul).
Em 11 de outubro, Mato Grosso se dividia, e o Brasil dava as boas-vindas ao, há época, “irmão caçula”, Mato Grosso do Sul. Meses após a emancipação, surgia a Famasul como uma entidade completamente voltada para os homens e mulheres da área rural. Então, em mais de quatro décadas, a federação se despontou como grande aliada e propulsora de avanços em políticas públicas, organizações de base, tecnologia e educação para o campo.
Os avanços são paulatinos e presentes em vários setores do agronegócio. Assim, na área da educação e capacitação, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) se apresenta como ponte. Aliás, quando se fala em política pública para o campo, a progressão é inegável. Já nas cadeias produtivas com maior presença em Mato Grosso do Sul, a tecnologia não é tida como assunto do futuro, mas sim do presente!
Nesta reportagem multimídia, você vai ler os seguintes assuntos:
- Aliados: educação faz com que o produtores rurais enxerguem propriedades como empresas;
- Políticas públicas: entidades de base organizadas impulsionam propostas para o setor;
- Dados: números mostram crescimento em diversas culturas;
- Em frente: Otimismo é fio condutor para futuro promissor no campo;
- Silvicultura: uma opção ideal para áreas degradadas;
- Novidades: campo e tecnologias;
- Pecuária: avanços fazem com que estado se consolide em cenário nacional;
- Terra: agro 4.0 é realidade para agricultores do estado.
Agronegócio em MS
Os últimos números consolidados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o estado totalizava, em 2019, um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de R$ 106 bilhões. Do montante, a agropecuária respondia por 17%, sendo R$ 18,29 bilhões. Assim, quando comparado a 2002 (ano inicial da série), houve crescimento de 393,9% no PIB da agropecuária sul-mato-grossense.
Com atuação nas 79 cidades de Mato Grosso do Sul, a Famasul age de forma intrínseca no desenvolvimento do setor rural do estado. Assim, aliada dos homens e mulheres do campo, a Federação comemora 45 anos de atuação, levando conhecimento, educação, empreendedorismo, capacitação, tecnologia, assistencialismo e serviços para sociedade.
Sendo assim, o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, destaca que a federação participou e participa de todas as grandes decisões políticas voltadas ao agronegócio de Mato Grosso do Sul.
“Houve a criação do nosso estado e logo depois surgiu a Famasul. Nós fazemos essa interlocução entre produtores rurais e os governantes. Aliás, a Famasul teve essa participação e continua tendo. Atualmente a Famasul participa de cerca de 160 colegiados defendendo os produtores rurais. A importância da Famasul perante a proteção dos interesses dos produtores rurais da porteira para fora é muito importante”, pontuou.
Em entrevista, Bertoni explica sobre a participação de várias entidades, fundações e instituições no desenvolvimento do agronegócio de Mato Grosso do Sul. “Nós pegamos as novas tecnologias que são estudadas nas fundações e conseguimos dar um ar mais fácil para o produtor rural entender. Por isso, trazemos essas tecnologias aos produtores. Assim, conseguimos atingir o título de ser um estado tão pujante no Agro”.
Para Bertoni, que iniciou a vida no campo lá no clube de laço, em Bonito, o entendimento coletivo começou a ser aguçado quando tinha 23 anos. Desde então, o jovem que tentava buscar gado no laço e, atualmente, ocupa a cadeira mais alta da federação, diz enxergar o mundo de uma maneira diferenciada.
Senar: uma ponte para a capacitação para o agronegócio em MS
O Senar foi criado pela Lei 8.315/1991 em 23 de dezembro de 1991 com o propósito de ser uma entidade de direito privado e patronal rural, vinculada à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Em Mato Grosso do Sul, a atuação começou alguns anos após.
” De fato, esse ano é muito importante para o estado de Mato Grosso do Sul que completa os seus 45 anos. Para Famasul também, que completa os seus 45 anos. Aliás, para o Senar não é diferente, são 30 anos de atuação no estado, levando capacitação, conhecimento e inovação aos homens e mulheres do campo. Dessa forma, isso foi de fundamental importância para o nosso estado, já que vem passando por uma verdadeira transformação na matriz econômica. Isso requer mão de obra especializada e capacitada em novas tecnologias para acompanhar esse desenvolvimento. Esse é o propósito do Senar, levar as capacitações e conhecimentos aos homens e mulheres do campo”, apresenta o superintendente do Senar-MS, Lucas Galvan.
Como a Famasul, o Senar-MS atua em todas as cidades do estado. Como parceiros, os sindicatos rurais se apresentam como mobilizadores. De forma gratuita, o serviço é fio condutor para levar conhecimento e capacitação aos produtores e trabalhadores rurais. Galvan explica que as ações oferecidas são para “para melhorar a qualidade de vida das pessoas no âmbito rural”.
“Os números [do Senar-MS] são sólidos. No entanto, antes da pandemia, o Senar-MS capacitou, em 2019, cerca de 60 mil pessoas. A nossa meta para 2023 é passar dos 70 mil capacitados, número bem significativo. O número vem crescendo, já passaram muita gente de Mato Grosso do Sul pelos cursos do Senar”, comenta Galvan.
O Senar-MS tem como aliadas as universidades e fundações em Mato Grosso do Sul. Aliando a cultura do produtor rural com a tecnologia e inovação, o serviço busca novidades e, como uma ponte, repassa o conhecimento.
“O papel do Senar é pegar o que tem de mais moderno nas universidades e centros de pesquisa, traduzir em uma linguagem mais fácil de acesso e levar o conhecimento para o trabalhador e produtor rural. Fazemos constantemente essas adequações do que a ciência apresenta de novo e traduzimos de uma forma mais atrativa ao produtor rural. Claro, respeitando as tradições e cultura do povo”.
Galvan explica que “só há transformação através do conhecimento”. Ao longo da história de atuação em Mato Grosso do Sul, o Senar se fez como propulsor da educação ao campo. Como na vida do próprio superintendente, o serviço chegou cedo.
Engenheiro agrônomo por formação, o primeiro contato de Galvan com o Senar-MS foi na graduação. Após vários cursos, o superintendente viu no serviço uma oportunidade de desenvolvimento de carreira.
“O Senar transforma vidas quando leva novos conceitos e novas informações às pessoas, e elas implantam nas vidas pessoais ou nos negócios. […] Hoje estou no sistema Famasul há 16 anos. É um prazer e orgulho participar de boa parte da história do Senar. De 30 anos de Senar, eu tenho participado da metade desse tempo”, finaliza.
Agronegócio em MS: assistência que transforma vidas
De família de apicultores, Cláudio Coch faz parte da segunda geração de produtores de mel, em Três Lagoas (MS). Depois de várias idas e vindas entre as produções, em 2019, o produtor foi apresentado à Assistência Técnica e Gerencial (Ateg) do Senar-MS.
Como Coch pontua, a história com o Senar-MS é antiga. Antes de receber a Assistência Técnica e Gerencial (Ateg) – reveja o que é no segundo infográfico – , o apicultor já realizava cursos oferecidos pelo serviço. O entendimento de que os apiários eram uma empresa veio após a capacitação.
“A gente percebeu que precisava melhorar o processo, não bastava apenas os cursos, precisávamos de um processo de gestão. Não era apenas produção, mas sim o produtor entender que o apiário dele, sendo propriedade dele ou não, ele precisa gerir isso como empresa. Saber quando produz, como produz, quantidade e entender comercialização. […] O que é importante: entender o seu negócio, entender o momento de melhora e ajuste”, afirma Coch.
O diálogo é constante no processo de assistência oferecido pelo Senar-MS. Coch detalha que a mudança no processo de gestão da propriedade foi nítida.
“Tivemos uma melhora muito grande, sempre buscamos mais soluções. Eu acredito que a produção não é fácil, mas o mais difícil é a gestão da apicultura. Hoje temos 300 colmeias produzindo na minha propriedade. Vamos dobrar o tamanho para o próximo ano. Queremos mecanizar a apicultura e buscar entendimento no Chile e Argentina. Queremos entender mais do negócio, na questão da produção. Vamos mecanizar tudo e dobrar nossa produção, queremos agilizar o processo”.
A revolução do solo no agronegócio em MS
Que a tecnologia e a internet têm revolucionado o mundo desde o século XX, não é mais novidade. Os produtores rurais também estão “surfando na onda” dos novos métodos tecnológicos. Conhecida como “Agricultura 4.0”, esse avanço vem para manter o crescimento de forma controlada e sustentável das produções. Além de tecnológica, a prática visa um menor impacto ambiental, proporcionado pela automação e processos.
O avanço vem garantindo melhoramento genético, bioinformática, melhorias na pré-produção, na agricultura de precisão e, principalmente, na pós-produção. Para entender melhor como a tecnologia tem impactado a vida no campo, a engenheira agrônoma e especialista em análise de dados dos solos, Flávia Machado, explica de que forma o produtor vem se beneficiando e prosperando com os novos métodos.
“A gente vem acompanhando o surgimento de várias ferramentas para auxiliar no diagnóstico do tipo de solo e melhor assim o uso dele. Hoje eu tenho sensores de condutividade elétrica do solo, sensores de condutividade hidráulica do solo, sensores que medem PH de solo, temperatura e imagens de satélite, onde consigo fazer um tratamento mais estatístico e ter um diagnóstico de qual tipo é o solo”, explica.
A profissional comenta que na agricultura de conservação, quanto melhor for o solo, que deve apresentar conservação de biodiversidade, macrofauna, microfauna, melhor será a produção dele. “O solo na verdade é a sustentação de qualquer planta, então o objetivo é agregar tecnologias para conseguir preservar esse solo pelo maior tempo possível”, afirma Flávia.
A prática, tida como sustentável, tem “cara” de nova, porém, em algumas famílias já vem sendo aplicada há muitas gerações, como é o caso da família Brito.
“Nós nunca tivemos pensamento extrativistas. Assim, meu pai e meus avós sempre pensaram em formas de cuidar e manter nossa terra, nosso solo. Sempre pensamos em cuidar do que era nosso e do que rendia e gerava valor”, explica Beatriz Brito, administradora da empresa Laudejá Agronegócio.
Herança familiar
Para a família Brito, que chegou na região em 1870, e foram os pioneiros no meio do agronegócio brasileiro, a ideia de sustentabilidade e agropecuária sempre caminharam juntas, assim como a tecnologia e a conservação.
“Nossa família trabalha no ramo até antes mesmo de ser chamado de Agronegócio. Meu avô já era de uma família de pecuaristas e com ela construiu um bom patrimônio”, contou o engenheiro agrônomo e diretor executivo da Laudejá Agronegócio, Léo Brito Neto.
Nascido e criado no mundo da agricultura 4.0, Léo afirma que o pensamento de correção de solo, adubação de pastagens e rotação de cultura, por exemplo, já eram discutidos pela geração do pai. Porém, hoje em dia, a internet potencializou as informações e as tecnologias deixaram esses procedimentos muito mais acessíveis.
“A evolução é diária e precisamos de gente atualizada no nosso sistema. O plantio direto contribuiu e contribui para redução de emissão de carbono, assim como o manejo integrado de pragas e doenças, na utilização inteligente dos defensivos agrícolas. Dessa forma, entende-se que o agropecuarista, está cada vez mais preocupado em produzir um alimento seguro, com responsabilidade ambiental”, afirma.
Sustentabilidade e saúde
Com o avanço das tecnologias e o aumento da preocupação com o meio ambiente, a especialista em solos, Flávia Machado, é categórica ao dizer sobre o uso de técnicas inovadoras no campo.
“Hoje queremos colher muito e o custo é alto. Então quem não for eficiente, não consegue continuar no meio de produção. O preço do insumo hoje tá muito alto, alguns fertilizantes chegaram a triplicar de preço, por isso a necessidade de ter um controle, caso isso não ocorra eles acabam saindo do sistema”, explica a agrônoma.
A utilização de insumos está diretamente ligada à saúde do solo, que depende do PH, temperatura e até mesmo na aplicação equilibrada dos fertilizantes. Desse modo, as finalidades tecnológicas são imprescindíveis para definir se o solo está pronto para receber o plantio ou não.
“A base do solo é a mesma, aí entra a questão do que será produzido nele e as medidas aplicadas para que ele não fique degradado. Contudo, a ideia é que com essas tecnologias o solo melhore e não fique desgastado conforme as cultivações são plantadas e colhidas”, explica.
Tecnologia de ponta
A agricultura 4.0 vem ao encontro com o aumento da produção e a necessidade de tecnologias para otimizar o processo. Assim, a análise de solo é uma das peças fundamentais dessa nova agricultura, podendo-se dizer que é onde tudo começou.
“Sempre usamos o termo agricultura de precisão, que nada mais é que uma análise de solo georreferenciada numa quantidade muito maior do que numa agricultura convencional. Então, por exemplo, em uma propriedade de 100 hectares, ao invés de eu ter uma análise, ou duas, que é o que convencionalmente se faz, eu vou ter 40. Então com essa nova tecnologia eu tenho muito mais detalhamento e georreferência, com ela consigo ter a localização específica dessas análises, com isso eu sei exatamente o ponto em que eu fui fazer aquela coleta e consigo voltar de ano em ano exatamente no mesmo ponto”, afirma Flávia Machado, especialista nessa tecnologia.
Para o agrônomo Léo Brito Neto, a evolução dentro da agricultura é diária e exige que o profissional se atualize sempre para manter a excelência na produção e a sustentabilidade das terras.
“Em nossas terras praticamos a agricultura 4.0 desde o básico, que vai de uma análise de solo, ao plantio direto, integração lavoura pecuária, utilização de resíduos na adubação orgânica com aplicação em taxa variável, plantio sincronizado com máquinas diferentes, plantabilidade e espaçamento entre plantas. Certamente, a evolução no agro é uma curva exponencial crescente”, afirma.
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Corte, o agro 4.0 é definido como um grande empregador de métodos computacionais de alto desempenho, rede de sensores, comunicação de máquina para máquina, conectividade entre dispositivos móveis, computação em nuvem, métodos e soluções analíticas para processar grandes volumes de dados.
“O que temos de tecnologias embarcadas no agro, desde a sistemas de gestão, monitoramento e operações, é que se tem de mais moderno no mundo. Eu consigo monitorar o consumo dos bois de clientes do boitel da empresa, em qualquer lugar do planeta que tenha internet, assim como monitorar o que se tem de perdas numa colhedora de grãos durante a safra. Agora imagina isso com o 5G? Vai ser turbinado”, finaliza o diretor executivo da Laudejá agronegócio.
Ainda conforme os levantamentos da Emprapa, o uso das tecnologias digitais são um caminho sem volta no mundo rural. “Hoje em dia a tecnologia permite áreas muito melhores monitoradas, onde o produtor consegue distinguir qual a área de maior potencialidade e a de menor. Então, esse manejo das informações é o grande segredo para o grande avanço, com a internet nos campos temos mais acessos aos dados e aí depende do profissional capacitado analisá-lo e colocá-lo em prática”, conclui a especialista em análise de dados.
Evolução tecnológica na pecuária
Destaque em cenário nacional, Mato Grosso do Sul é o 5º no ranking de federações brasileiras com maior rebanho bovino, de acordo com levantamento do IBGE, publicado em setembro deste ano. Bem como, em 2021, o estado contabilizava 18.6 milhões de cabeças de bovinos.
Além de se destacar pelo volume de animais abatidos, o pesquisador também relata que estudos mostram que Mato Grosso do Sul apresenta o maior padrão de qualidade de carcaça quando comparado com os demais estados (93% dos animais do MS apresentaram padrão de qualidade desejável pela indústria).
Segundo Malafaia, é o investimento em capacitação e pesquisa e o acompanhamento de sindicatos e instituições que fortalece o mercado no estado, proporcionando melhoramento e eficiência na criação do gado de corte, possibilitando um avanço enorme para o setor ao longo dos anos.
“MS possui um ecossistema de inovação muito forte, composto por Instituições de Pesquisa que são referências mundiais em pecuária no mundo tropical, boas Universidades, Federação, Sindicatos e Associações de produtores, que são muito atuantes em capacitações, além de todo um esforço do governo do estado em prol de políticas públicas voltadas para sustentabilidade dos sistemas produtivos no estado. Entretanto, esse ecossistema é um grande diferencial para a promoção da competitividade da pecuária de corte”, salientou.
Avanço tecnológico como aliado
Além das medidas de capacitação, outro ponto que vem se destacando na pecuária, é o uso de tecnologias como aliadas. No entanto, por muito tempo, o campo foi visto como um lugar de “atraso”, sem avanços. No entanto, nos últimos 40 anos, a pecuária registrou um ganho significativo de modernização do setor com incremento da produção e da produtividade, em bases sustentáveis.
Segundo levantamento da Embrapa, em um cenário nacional, a adoção das tecnologias, proporcionou:
- aumento de 4 vezes na produção de carne bovina;
- ganho de 22 vezes na produção de carne de aves;
- número 4 vezes maior na de carne suína;
- 4 vezes também na cadeia leiteira.
Ainda conforme pesquisa, estudos em genética, avanços no controle de pragas e doenças e melhoria das pastagens, proporcionaram o um maior desfrute dos rebanhos bovinos de corte, passando de uma média de 11% para 22%.
Melhoramento genético caminho para maior produção
Tendo como objetivo a obtenção de indivíduos com características desejáveis, a evolução ou melhoramento genético, consiste na alteração intencional do material genético. Além disso, na pecuária, essa ciência tem ganhado cada vez mais espaço, não só na criação do gado de corte.
Na fazenda da pecuarista e especialista em genética, Aurora Real, em Jaraguari (MS), a 71 quilômetros de Campo Grande, o melhoramento genético é utilizado no gado girolando para produção de leite.
“A mudança reflete tanto na produção de leite, quanto na carne. Sendo assim, eu pego uma vaca que chamo de doadora, coleto sua genética, e multiplico em várias outras vacas. Portanto, a melhoria genética, reflete na melhoria financeira e traz uma evolução na produtividade”, esclarece Aurora.
A princípio, a produtora esclarece que o melhoramento genético evita cruzamentos errados. Por meio da Fertilização In Vitro (Fiv), uma biotécnica reprodutiva, é realizada a obtenção de bezerros geneticamente superiores.
“ Certamente, a Fiv é parte do processo de uma pecuária de leite com uma visão moderna, a evolução genética pode ajudar na necessidade de produção de alimento, você deixa de perder tempo com cruzamentos que não seriam tão vantajosos, e reproduz os melhores, isso ajuda os pequenos e grandes produtores”, explica a especialista.
Por fim, Aurora ressalta que a inserção de práticas como evolução genética, além de mudar a produtividade, abre espaço para mais oportunidades de emprego na pecuária.
“ Então, a porcentagem de pessoas que querem uma pecuária mais moderna é gigante, e isso abre um leque de oportunidades, novos empregos no ramo, mão de obra capacitada, com ideias sustentáveis, para a evolução na forma de produzir”.
Fonte: G1