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Adiamento de tarifa deve permitir que cargas de carne bovina cheguem aos EUA, principalmente as que estavam no mar ou desembaraçadas nas aduaneiras brasileiras. Foto: Reprodução

ABIEC: Adiamento de tarifa deve permitir que cargas de carne bovina cheguem aos EUA

A tarifa entra em vigor daqui a sete dias para produtos que estão nos EUA e em 5 de outubro para os que forem embarcados em até 7 dias, desse modo, a carne bovina deve chegar até o país norte-americano a tempo

Apesar de a carne bovina brasileira ficar de fora da lista de exceções da tarifa adicional de 40% dos EUA, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) avaliou como positiva a extensão do prazo para entrada em vigor da alíquota.

O governo dos Estados Unidos informou que a tarifa começará a valer daqui a sete dias para os produtos que já estão no país e, em 5 de outubro, para aqueles embarcados até lá.“Isso faz com que as carnes que estavam no mar ou desembaraçadas nas aduaneiras brasileiras possam chegar aos EUA em tempo hábil. Nesse sentido, o prazo dado é satisfatório”, afirmou,  (30), o presidente da Abiec, Roberto Perosa.

Em 9 de julho, após o anúncio da imposição da tarifa, estimamos que exportadores brasileiros já haviam embarcado cerca de 30 mil toneladas da proteína, que estavam em alto-mar ou nos portos nacionais, prontas para seguir rumo aos Estados Unidos.

“O governo está tentando negociar. Nós estamos tentando conversar com importadores para que continuem negociações lá nos EUA também”, disse o presidente da entidade. O presidente da Abiec afirmou, ainda, que o setor segue acreditando nas negociações conduzidas pelo governo brasileiro. “Continuamos acreditando que o governo brasileiro está se esforçando para negociações, mas a alternativa é distribuir esse volume ao redor do mundo. Não há nenhum mercado com tanta especificação e rentabilidade quanto o americano. Não há um substituto imediato”, apontou, destacando que os Estados Unidos são o segundo principal mercado da carne bovina brasileira. “Em curto prazo, não há tempo de fazer essa destinação. Os frigoríficos já pararam de produzir esses cortes específicos para os EUA”, ponderou.Segundo Perosa, o Brasil não conseguirá mais exportar para o mercado norte-americano se o tarifaço for mantido. Ele ressaltou que a expectativa da indústria era exportar 400 mil toneladas de carne bovina brasileira ao mercado norte-americano neste ano. “Essa taxação inviabiliza as exportações. Se mantiverem a tarifa, os EUA terão de se suprir de outros mercados, já que a carne bovina brasileira deixará de ser competitiva. Ainda assim, apostamos que os países negociem para retomar o fluxo normal do comércio”, pontuou.

O presidente da Abiec defendeu ainda que os países considerem, na negociação, a produção complementar de carne bovina de ambos. Já que o Brasil fornece o produto para a produção de hambúrgueres, e que avaliem o potencial impacto inflacionário da medida no mercado americano.

Fonte: infomoney