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A confederação de trabalhadores de telemarketing reafirmou que houve falta de humanidade, empatia e respeito, não só pela funcionária, mas por toda a equipe

ESPANHA: Atendentes de call center trabalham com colega morta na sala

O caso ocorreu (13) em um dos escritórios da multinacional espanhola de call centers Konecta

Uma mulher de 57 anos morreu em meio do expediente como atendente de call center em Madri, na Espanha, mas seus companheiros de trabalho continuaram com os atendimentos mesmo com a colega morta no local. As informações são do jornal espanhol El País.

 

O que aconteceu no cal center?

  • O caso ocorreu (13) em um dos escritórios da multinacional espanhola de call centers Konecta.
  • A trabalhadora, chamada Inma, estava havia mais de 15 anos na empresa e infartou durante o trabalho. Portais locais noticiaram que Inma morreu meia hora após receber os primeiros socorros.
  • O corpo de Inma teve que ficar no local para aguardar a chegada da perícia, mas os demais trabalhadores não foram liberados. Relatos dados à reportagem do El País afirmaram que um dos atendentes questionou a chefia se eles iriam embora, mas que recebeu como resposta uma negativa com a justificativa de de que o trabalho deles era “um serviço essencial”.
  • Os colegas continuaram a trabalhar ao lado do corpo de Inma, coberto por uma manta, por cerca de duas horas. A liberação só ocorreu após a chegada de um funcionário do departamento de prevenção de riscos da Konecta, que determinou a evacuação da sala.
  • A empresa disse que seguiu orientações das autoridades de emergência e que ia orientar funcionários para o trabalho remoto.
  • Mesmo assim, o caso gerou revolta. Sindicatos e internautas questionaram o modelo de trabalho de call centers, conhecidos pela rigidez em detrimento da saúde de trabalhadores como limitações de tempo para ir ao banheiro, por exemplo.

A confederação de trabalhadores de telemarketing reafirmou que houve falta de humanidade, empatia e respeito, não só pela funcionária, mas por toda a equipe. Além disso, solicitaram uma reunião com o Comitê de Saúde e Segurança da empresa para exigir o reconhecimento do acontecimento, chegar a acordo sob a forma como o caso terá investigação e estabelecer um protocolo de ação em situações semelhantes.

A CGT Telemarketing emitiu uma nota condenando veementemente a conduta da empresa, que alegou prestar serviços essenciais. E, por isso, não interrompeu as atividades após a morte da funcionária.

Fonte: folhape