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O agricultor deve investir 30% mais nas safras deste e do próximo ano. Portanto, a próxima safra de soja será mais cara em MS

APROSOJA MS: Agricultor deve investir 30% mais na safra 2022/2023

O custo vai ultrapassar o ciclo 2021/22, em 27,12%

O agricultor deve investir 30% mais nas safras deste e do próximo ano. Portanto, a próxima safra de soja será mais cara em Mato Grosso do Sul. O presidente da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), André Dobashi, divulgou a estimativa nesta quinta, (5). Sobretudo, para agricultores e estudantes que participam da Ponta Agrotec, em Ponta Porã. Segundo ele, o custo vai ultrapassar o ciclo 2021/22. Subindo, dessa forma, 27,12%. Contudo, isso significa que o produtor sul-mato-grossense, poderá desembolsar R$ 6.351,37 por cada hectare cultivado com soja.

Aliás, esse custo, revertido em soja, chega ao número de 40,9 sacas por hectare. Para se ter uma proporção do estreitamento da margem do agricultor, ou do risco de prejuízos, basta destacar a produtividade média da safra 2021/22 em Mato Grosso do Sul. Pois, a mesma chegou a 38,65 sacas por hectare. O que pode se considerar uma média baixa, devido a uma estiagem severa. Além disso, mesmo em um ano de safra recorde. Como foi, por exemplo, 2020/21. Esse custo representaria mais da metade da média colhida. Que foi, no entanto, de 62,64 sacas por hectare.

Até onde o agricultor deve investir mais

Segundo o presidente da Aprosoja/MS, existem duas ações que podem amenizar os impactos desses custos. São elas, a compra dos insumos, de forma antecipada e o uso da moeda soja. “O que o produtor deve fazer é sempre antecipar suas compras e fazer contas em cima da sua moeda de troca, que é o próprio produto. Antes de plantar a próxima safra de soja, ele tem de travar os custos em soja, trocar toneladas de fertilizantes por sacas de grãos, porque dessa forma ele sabe até onde pode investir”.
Para o presidente da Aprosoja/MS, estamos experimentando preços mais caros se comparado com safras anteriores. Tudo porque os fertilizantes estão 140% mais caros que a safra 2021/22. E os herbicidas e outros defensivos também passam de 100% no reajuste do valor.