ALEMS em defesa das mulheres
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), sempre pautada na defesa das mulheres, fez sua parte na ação que aconteceu (31), a partir das 15h, com recepção na Concha Acústica Helena Meirelles e percurso de 4,5km.
A 2ª Caminhada #TodosPorElas mobilizou homens, mulheres e crianças que participaram da ação que promove o combate à violência contra mulheres e ao feminicídio em Mato Grosso do Sul.
O deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos) representou a Assembleia Legislativa no evento. “Uma campanha como essa vem ao encontro de uma realidade em que Mato Grosso do Sul precisa estar cada vez mais despertando na defesa das mulheres. Não podemos admitir a violência em qualquer situação, principalmente contra a criança, contra o idoso e de forma especial, contra a mulher. Nesse sentido, quero fazer um elogio à iniciativa do Judiciário, na pessoa da desembargadora Jaceguara Dantas, juntamente com os outros Poderes, a Defensoria Pública, o Governo do Estado e nós, da Assembeia Legislativa. A cada dez dias uma mulher é vítima do feminicídio do Mato Grosso do Sul, e a cada 5 dias uma adolescente é vítima de estupro”, informou o paramentar.
Estatísticas de crime e abuso
Professor Rinado continuou detalhando as estatísticas sobre o crime de abuso sexual. “Só nesses primeiros dias de 2025, quase 600 crianças e adolescentes passaram por esse tipo de situação. Isso é inadmissível, portanto, é importante que a gente conscientize nossa sociedade para que a gente promova um Estado mais justo, mais fraterno, mais solidário e, acima de tudo, mais tolerante. Por isso eu parabenizo a iniciativa de todos os Poderes e eu tenho certeza que essa caminhada vai despertar cada vez mais a nossa sociedade de que nós não podemos coadunar em hipótese nenhuma com quaquer tipo de violência, principalmente contra a mulher”, frisou.
A desembargadora Jaceguara Dantas é a idealizadora da campanha e contou como a ideia da caminhada surgiu. “Na verdade, essa iniciativa nasceu de uma indignação com relação ao elevado número de mortes de mulheres, mortes essas que poderiam ser evitadas. É um manifesto pacífico, mas sobretudo, um caminhar junto à sociedade de mãos dadas pra que nós possamos chamar atenção para essa pauta que é tão relevante, ou seja, o elevado número de feminicídios na nossa capital e em nosso Estado”, explicou a magistrada.
Atenção da sociedade
“É preciso que ações como essa sejam realizadas. Além disso, é importante colocar em pauta essa temática. E, ainda, chamar a atenção da sociedade. Ou seja, é preciso dar uma visibilidade maior para a importância de se combater efetivamente esse crime em nosso Estado. A caminhada, na verdade, busca chamar a atenção e dizer a todos que nós queremos viver. Além disso, as mulheres querem o direito de viver em uma sociedade que possa respeitá-las”, continuou a desembargadora Jaceguara Dantas.
Representando o Governo do Estado, a secretária de Estado de Cidadania (SEC), Viviane Luiza, deixou um recado para quem participou da caminhada. “A mudança do comportamento depende dessa educação que é dada em casa. Além disso, estamos falando do machismo estrutural e do patriarcado. E, para que mudemos essa cultura, precisamos educar os nossos meninos. Também devemos ensinar a eles que o melhor caminho realmente é o amor. E, ainda, que o respeito é fundamental. Além disso, é importante entender que a igualdade entre gêneros deve ser respeitada. A sociedade deve se unir aos três Poderes no enfrentamento à violência contra o gênero, nós não vamos mudar essa realidade”, considerou.
Defesa das mulheres é um movimento para todos
O diretor da Unidade de Monitoramento da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Luiz Fernando Melão, participou com toda a sua famíia da ação. “Eu acho que esse movimento é para todos, como o nome ‘Todos por Elas’. A gente tem que conscientizar, eu vim com a minha filha de 12 anos, meu filho de 9, porque acho que é um movimento que tem que nascer nas crianças, porque nós buscamos dar o exemplo, as crianças são os adultos do futuro. Nada melhor que trazermos eles para ver o engajamento das pessoas envolvidas com um tema que tem vitimado várias mulheres. Os homens tem um papel primordial em dar esse apoio, já que são, infelizmente, vistos como agressores. Nós temos o papel importante para essa mudança, devemos respeito a elas”, definiu.
O número de inscritos neste ano para a caminhada superou o do ano passado, em sua primeira edição. Em prol de um objetivo comum, a solidariedade reuniu todos os participantes contra a violência de gênero e pelo fomento às políticas públicas de proteção às mulheres. Ali, assim como na largada, estavam na chegada representantes de diversas entidades, instituições públicas, movimentos sociais e coletivos feministas. Quem estava trabalhando também participou da caminhada. Bombeiros civis e miitares, policiais militares uniram-se a todos carregando dentro de si o mesmo sentimento no coração que bate para que nenhuma mulher a mais perca e a vida em Mato Grosso do Sul, nem seja violentada por seu gênero.
Momentos marcantes
Dois momentos marcaram o fim da tarde deste sábado. O primeiro foi um minuto de silêncio pelas vidas perdidas até agora. Só em 2025, foram 14 feminicídios. O segundo foi uma dinâmica que sugeriu que os homens se colocassem um passo à frente, em respeito às mulheres. Também houve o anúncio de nova ação no dia 12 de julho, no bairro Moreninhas, para a conscientização da sociedade. A advogada Kátia Claro esteve presente no evento.
Além disso, Mônica Riedel, 1ª dama do Estado, também participou. E, ainda, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), marcou presença. O senador Nelson Trad Filho (PSD) esteve entre os presentes. Da mesma forma, a secretária-adjunta de Governo e Gestão Estratégica, Ana Carolina Nardes, compareceu. O vereador Herculano Borges (Republicanos) também esteve no evento. E, por fim, a desembargadora Elizabeth Rosa Baisch, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), participou, entre outras autoridades.
Fonte: ALEMS
