O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou ontem (16), durante viagem à Índia, que o governo brasileiro emitirá visto pela internet para indianos que visitem o Brasil a negócios. Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, apresentou também um modelo para a ampliação do Acordo de Comércio Preferencial Mercosul-Índia.
O que aconteceu
Visto sem necessidade de presença no consulado deve facilitar viagens de negócios. “Quero trazer uma boa notícia que é o visto eletrônico. Toda a área de negócios, consultoria terá visto eletrônico aqui na embaixada em Nova Delhi e no consulado em Mumbai”, anunciou Alckmin.
Ampliação das preferências comerciais era esperada por empresas que exportam para a Índia. O atual acordo abrange apenas cerca de 450 linhas tarifárias, de um total de 9 mil itens do comércio bilateral. Ainda não há metas de quantos novos produtos devem ser incluídos. “Hoje temos um acordo de preferência tarifária que cobre um número de linhas tarifárias pequeno. Então, podemos aprofundar, ampliar essas linhas tarifárias para ter preferência nas vendas”, disse Alckmin.
Brasil vem estreitando parceria comercial com a Índia
No começo da semana, na qualidade de presidente interino, Alckmin havia sancionado um acordo de incentivo a investimentos e outro que evita a dupla tributação do imposto de renda sobre investimentos bilaterais. A visita desta semana inclui também os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, e da Defesa, José Múcio, além de empresários de diversos setores.
Governos têm meta de elevar o comércio bilateral em US$ 5 bilhões ao ano. Atualmente, a relação comercial Brasil-Índia movimenta US$ 15 bilhões anuais. O objetivo, contudo, é subir para US$ 20 bilhões. As exportações da Índia para o Brasil vêm crescendo cerca de 30% ao ano, segundo Alckmin,
Governos trabalham pela criação de voos diretos entre os dois lugares. Todavia, outros acordos anunciados durante a viagem incluem a venda de 6 milhões de barris de petróleo brasileiro ao país asiático e um acordo de cooperação para a fabricação de medicamentos e vacinas.
Fonte: uol