Pelos resultados da pesquisa, a ordem das perguntas que você faz tem um efeito significativo em como o interlocutor responderá
Não é só necessário ser educado ou prestativo, o mais importante, segundo estudo realizado pela Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, é fazer perguntas maneira certa, principalmente para a criação de vínculos. Assim, no pano de fundo, está a habilidade de demonstrar interesse genuíno no interlocutor.
Em artigo, a escritora americana Margareth Pan explica que os pesquisadores examinaram milhares de conversas entre participantes que estavam se conhecendo para avaliar o que era determinante para a criação de vínculo. Eles, então, disseram a alguns para fazer pelo menos nove perguntas em 15 minutos, enquanto o restante não deveria fazer mais do que quatro perguntas ano mesmo período de tempo.
“Nos bate-papos on-line, as pessoas designadas aleatoriamente para fazer muitas perguntas eram mais apreciadas por seus parceiros de conversa. Aliás, entre os speed daters, as pessoas estavam mais dispostas a ir a um segundo encontro com parceiros que faziam mais perguntas”, escreveu Pan.
Segundo ela, a melhor estratégia para causar uma impressão positiva não é falar muito sobre si mesmo e sim mostrar interesse genuíno no outro, fazendo perguntas sobre suas vidas, pensamentos e sentimentos e mudando o foco da conversa de você para a outra pessoa.
Perguntas que ajudam na criação de vínculos
Mas há um porém nisso tudo. Pelos resultados da pesquisa, a ordem das perguntas que você faz tem um efeito significativo em como o interlocutor responderá. “Se você deseja construir confiança, relacionamento e intimidade, deve começar com perguntas relativamente superficiais e insignificantes e progredir para aquelas que são mais privadas ou profundas”, aponta a autora.
Assim, isso abre espaço para uma conversa genuína, em vez de uma troca rápida ou desajeitada de perguntas e respostas de uma linha. No artigo, Pan deu alguns exemplos de perguntas que você pode usar para melhorar o fluxo de sua conversa e criar a impressão de uma pessoa simpática:
– Você pode me contar mais sobre…?
– Por que você pensa isso?
– O que você quer dizer com…?
– E você?
“Certifique-se de fazer essas perguntas em um tom casual, em vez de formal. Você não quer soar como um entrevistador”, sugeriu ela. “Ser simpático não é um traço de personalidade com o qual você nasce. Pode vir mais naturalmente para algumas pessoas do que para outras – mas qualquer um pode cultivá-lo. Na simpatia pode-se aprender e aprimorar, assim como qualquer outra habilidade”, complementou a escritora.
Fonte: epocanegocios