A agricultura sustentável é aquela que investe na produtividade, mas não abre mão do respeito ao meio ambiente
De acordo com o Relatório Perspectivas da População Mundial 2022, da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo pode chegar a 10 bilhões de pessoas em 2050, e a agricultura brasileira, atento a essa demanda, já vem implementando no campo a tecnologia e expertise necessárias para aumentar a produtividade do campo.
Produzir alimentos suficientes para abastecer essa população, a adoção de uma agricultura inovadora, sustentável e de altíssima qualidade vem se tornando cada vez mais relevante.
Em 1977, o País produziu cerca de 46 milhões de toneladas de grãos, segundo informações da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). As projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que a safra 22/23 produzirá um volume recorde de 312 milhões de toneladas.
Sim, em menos de 50 anos, o país deixou de a posição de importador de alimentos e se tornou um dos maiores exportadores de commodities agrícolas.
Inovação da Agricultura Brasileira
O crescimento expressivo é resultado do investimento em inovações tecnológicas, intensificado a partir da década de 1970, quando novas técnicas de cultivo permitiram a produção de duas safras dentro do mesmo ano, um fenômeno até então extremamente raro no cenário mundial.
Na década de 1990, o uso dos transgênicos aumentou a resistência e durabilidade das sementes, mesmo diante de ambientes desafiadores. Assim, como a falta ou excesso e água, e representou mais um avanço em direção ao aumento da produtividade.
Já no início dos anos 2000, a agricultura de precisão levou ao aumento da produção com maior eficiência e sustentabilidade dos recursos econômicos e ambientais. Através de tecnologias avançadas e do processo de coleta e análise de dados das áreas são identificadas as condições ideais para o cultivo das principais culturas agrícolas, contribuindo para uma tomada de decisão mais assertiva. Ou seja, a agricultura de precisão vem ajudando a assegurar condições ideais à lavoura. Seja por meio de monitoramento e combate de pragas, aplicação de defensivos, irrigação e entre outros.
Sustentabilidade no meio rural
A agricultura brasileira sustentável é aquela que investe na produtividade, mas não abre mão do respeito ao meio ambiente, da justiça social e da viabilidade econômica. Mas, o caminho para atingir o equilíbrio dessa balança e a harmonia entre natureza a produção passa pelo desenvolvimento de tecnologias de ponta e de práticas de manejo sustentáveis que permitam ao setor agrícola mitigar seus impactos negativos.
Quanto ao uso racional da água, por exemplo, o setor vem adotando sistemas de gestão mais eficientes que, adaptados às variações climáticas e às circunstâncias específicas do local, otimizam o recurso utilizado e, ao mesmo tempo, aumentam os rendimentos do volume captado.
Já em relação ao solo, o modelo de agricultura sustentável investe na preservação das suas boas condições, através de sistemas de irrigação e drenagem e da rotação de culturas, para evitar a erosão. Portanto, um problema que prejudica a capacidade agrícola.
Outro importante movimento na agricultura brasileira sustentável o uso do biocombustível, uma fonte de energia renovável e menos poluente. Que usada no abastecimento de maquinas e veículos têm ajudado na mitigação das emissões de CO2.
Ainda em atenção à emissão de carbono causada pelas queimadas, degradação do solo, e drenagem de pântanos, entre outros fatores. A agricultura de baixo carbono tem adotado práticas como o sistema de plantio direto, a recuperação de áreas degradadas, a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e a rotação de culturas. Que além de reduzir a perda de CO2 para atmosfera, ainda capturam esse gás e o incorporam ao solo.
Profissionais da agronomia: os parceiros do produtor rural
Para atender as demandas do agronegócio, equilibrar o aumento da produtividade no campo e a redução dos impactos ambientais. Aliás, o setor conta com a expertise de engenheiros agrônomos, florestais, agrícolas, de pesca, meteorologistas e aquicultores.
Com profundo conhecimento da parte técnica e conectados com as principais tendências tanto na área de tecnologia como de negócio, em si, esses profissionais atuam como agentes de desenvolvimento. Buscando o alinhamento com as demandas do mercado. Com foco na gestão e em estratégias, mas sem deixar de olhar para as carências do campo. Eles interagem com todos os elos da cadeia produtiva e oferecem mais segurança nas tomadas de decisão.
Do planejamento até a execução dos serviços relativos à produção e exploração dos recursos naturais. Assim, os profissionais da agronomia são os parceiros do produtor rural para uma tomada de decisão mais assertiva.
Sim, a agronomia faz parte do dia a dia de todas as pessoas, fazendo da produção agrícola uma das maiores riquezas do Brasil. E para orientar, fiscalizar e aprimorar o exercício ético e legal desses profissionais estão o Confea (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. O Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e a Mútua, a Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas. Com o apoio dessas entidades eles transformam a agricultura em fonte de alimentos, inovação e sustentabilidade, e impactam o desenvolvimento de todo o país.
Fonte: CNN