Conheça os ensinamentos para uma vida longa e plena de saúde

Chamamos de zonas azuis, áreas onde se vive mais e de forma saudável. São 5 regiões no planeta cuja população alcança uma longevidade maior. Sobretudo, onde há uma alta concentração de idosos que chegam aos 100 anos ou mais. Além disso, eles não só chegam a essa idade avançada, mas o fazem com saúde. Entretanto, os centenários das Zonas Azuis vivem com muita vitalidade. Bem como, com baixa incidência de doenças crônicas. Como diabetes, câncer e problemas cardiovasculares, por exemplo.

Assim sendo, as zonas azuis ficam na Sardenha (Itália), Okinawa (Japão), Nicoya (Costa Rica), Loma Linda (EUA) e Ikaria (Grécia). Entretanto, elas foram mapeadas e estudadas pelo pesquisador e jornalista Dan Buettner. Tudo isso, em parceria com a National Geographic. Juntos, então, eles encontraram o que havia em comum nos hábitos de vida de populações tão distintas. Com a finalidade de encontrar as chaves para viver mais e melhor.

Descubra os 4 pilares das zonas azuis – onde se vive mais e de forma saudável

Contudo, os 4 pilares da saúde são: alimentação, sono, exercício físico e saúde mental. Antes de mais nada, inspirados nos 9 ensinamentos das Zonas Azuis.

Enfim, essa pesquisa foi publicada no livro  “Zonas Azuis: a solução para comer e viver como os povos mais saudáveis do planeta” (Editora nVersos). Em suma, nós vamos elencar essas descobertas. Portanto, os 9 tópicos a seguir, condensam os hábitos comuns dos moradores dessas regiões.

Os 9 ensinamentos das Zonas Azuis – áreas que apresentam maior longevidade com saúde 

Boa alimentação é indispensável

Dieta baseada em alimentos frescos: não há uma dieta da longevidade. Porém, nas Zonas Azuis, as dietas se caracterizam por baixo consumo de alimentos processados. Além de uma alimentação baseada em legumes, verduras e grãos. Ela é basicamente feita de produtos frescos. A carne está presente, mas não é a base da nutrição. Há bastante consumo de peixes e não somente da carne vermelha.

• Um pouquinho de vinho: quem diria que um pouco de vinho poderia fazer tão bem? A bebida, consumida com moderação, faz parte do cardápio das Zonas Azuis. O vinho possui polifenóis, que têm efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. O vinho consumido na Sardenha é chamado de Cannonau. Ele possui 3 vezes o nível de polifenóis que qualquer outro vinho no mundo.

• Satisfazer até 80% do estômago: é um ensinamento de Confúcio que os japoneses recitam: “Hara hachi bu”. Que significa, comer até se sentir 80% satisfeito. Isso evita excessos alimentares. E prolonga a longevidade das comunidades. O jejum é uma prática comum nas diferentes áreas. Seja por estar inserido num contexto religioso, seja porque o jantar é feito cedo à noite.

A importância dos exercícios físicos

• Mexer o corpo naturalmente: os habitantes das zonas azuis mexem o corpo regularmente. Mas não em exercícios físicos extenuantes. Eles caminham, limpam suas casas, cuidam de seus jardins e plantam seu alimento. Mas o corpo deve se manter ativo todos os dias. E principalmente, sem muito estresse corporal.

• Ter um propósito na vida: no Japão, a palavra Ikigai significa “razão para levantar da cama todas as manhãs”. É a melhor maneira de resumir o que significa ter um propósito na vida. Em sua apresentação no Ted Talks, Buettner ressalta como os moradores de Okinawa não hesitam em responder qual seu Ikigai, quando entrevistados. O nosso propósito é algo que temos que buscar dentro de nós mesmos. E com fidelidade à nossa autenticidade.

• Reduzir o estresse: cada grupo de pessoas das Zonas Azuis tem sua maneira de desacelerar. Seja pela oração ou por um momento de silêncio e veneração dos ancestrais. Desacelerar todos os dias, à sua forma, é fundamental para se lidar com o estresse. Ao fazer isso, o corpo responde de maneira anti-inflamatória à reação inflamatória. Causada em nosso organismo pelo estresse.

Cuidar da saúde mental é essencial

• Priorize as pessoas que ama: nas Zonas Azuis, os familiares tendem a conviver entre gerações. Dedicar tempo e amor aos familiares, cotidianamente, faz parte da organização social. Isso aumenta a expectativa de vida dos idosos. E reduz, todavia, a mortalidade das crianças – Buettner chama isso de “efeito vovó” (tradução livre). Pois, o senso de conexão é muito importante.
• Pertencimento: a fé ou a dedicação a princípios espirituais é uma constante. Isso gera um senso de comunidade e pertencimento. Além de suporte nos momentos de dor e desamparo. Independentemente do nome da tradição a que se filiam. A dedicação à própria espiritualidade é cultivada nas 5 áreas.
• Encontre sua tribo: as pessoas que nos cercam são muito importantes na determinação de nossa longevidade. A família, que é o grupo social que não elegemos, tem seu papel em nossa saúde. Mas a tribo que escolhemos ativamente, nossos amigos, é fundamental para o senso de pertencimento. E modula profundamente nossos hábitos também. Em Okinawa, os moais são grupos de amigos que se cuidam e se dão suporte regularmente por toda a vida. Incrível, né?