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Vereadores cobram retomada do tapa-buraco em Campo Grande, que estava suspenso por causa da falta de repasse de recursos Foto: CM CG

CÂMARA: Em reunião com secretária, vereadores pressionam para retomada dos serviços de tapa-buraco

Vereadores cobram retomada do tapa-buraco em Campo Grande

Atendendo a Requerimento aprovado em Plenário, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Hokama, reuniu-se com vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande (18) para discutir a retomada dos serviços de tapa-buraco, que estavam suspensos nos últimos dias em decorrência da falta de repasse de recursos pela prefeitura às empresas. Diante dos vários questionamentos, a secretária anunciou, ao final da reunião, a expectativa de que os serviços voltem a ser executados a partir de hoje (19), com o pagamento parcial das empresas.

Dificuldades enfrentadas pelos moradores de Campo Grande

A reunião levou quase duas horas. Vários vereadores, como Landmark, Maicon Nogueira, Herculano Borges, Flávio Cabo Almi, Otávio Trad e vereadora Ana Portela, falaram das dificuldades enfrentadas pelos moradores de Campo Grande, diante das ruas cheias de buracos, situação que se agravou com as últimas chuvas. Providências já foram cobradas por vários vereadores da Secretaria Municipal de Infraestrutura, que justificou a falta de recursos. A secretária esteve presente na Câmara atendendo a requerimento aprovado em Plenário (6), que tinha como foco principal esclarecer sobre os recursos para manutenção nas ruas da cidade.

Em diversos momentos, a vereadora Ana Portela, autora do Requerimento aprovado pelos vereadores, cobrou respostas mais objetivas em relação ao foco principal do documento, que cobrava “esclarecimentos técnicos e financeiros sobre as dotações orçamentárias, cronogramas de repasse e liberação de recursos destinados às operações de tapa-buracos e demais obras de manutenção viária sob responsabilidade da Prefeitura Municipal”.

Cidadãos têm pneus cortados, rodas quebradas e acidentes todos os dias

“A secretária não explicou o que está sendo feito, o recurso que é do cidadão que tem todos os dias, pneu cortado, roda quebrada, acidente, temos uma pessoa que perdeu a vida”, disse a vereadora Ana Portela. Ela acrescentou que a Lei Orçamentária traz R$ 34 milhões em gastos com pessoal e tem uma receita de quase R$ 600 milhões para a Secretaria de Infraestrutura. Márcia Hokama justificou que a folha com pessoal vem consumindo grande parte das receitas municipais. No entanto, não soube especificar esses dados, sobre o gasto com servidores, relacionados à Secretaria de Infraestrutura”. A vereadora Ana Portela questionou o número.

“O serviço de tapa-buraco em Campo Grande vai recomeçar de forma intensa, justamente pelo enfrentamento que a Câmara propõe. Sobretudo, traz à tona esse debate. Além disso, pressiona o Executivo Municipal para ter uma decisão rápida e ir para a solução do problema,” afirmou o vereador Epaminondas Neto, o Papy, presidente da Casa de Leis. Ele criticou a falta de prioridade na gestão, aplicando medidas de economia onde não é possível reduzir investimentos. Isso, principalmente, vem penalizando a população, citando os “prejuízos enfrentados pelos motoristas.”

Haverá cobrança de prognóstico sobre os pagamentos e a execução dos contratos de tapa-buraco

O vereador Otávio Trad, presidente da Comissão Permanente de Finanças e relator do Orçamento de 2026, falou que haverá cobrança de prognóstico sobre os pagamentos e a execução dos contratos de tapa-buraco. “A convocação está ligada sobretudo à questão do tapa-buraco, que deixou de ser questão somente de estrutura e passou a ser de saúde pública. Estamos indagando por que não está sendo realizado como deveria, na mesma intensidade. A secretária informou que há dificuldade financeira, inclusive com atrasos a pagamentos de empresas que não estão prestando serviços por esse atraso”.

Ele disse que a Secretaria de Infraestrutura informou que deve fazer uma força-tarefa nos pontos mais críticos da cidade. Porém, ponderou a necessidade de o trabalho ter continuidade.

Posteriormente, já no fim da reunião, a secretária informou que recebeu uma ligação da prefeita Adriane Lopes. Ela falou da expectativa de que a prefeitura pague as empresas (19). Assim, a prefeitura vai recomeçar o trabalho de tapa-buraco.

“Todas as empresas estão contempladas. Não vai estar totalmente em dia, mas a gente vai começar agora a fazer os pagamentos”, afirmou a secretária Márcia Hokama. Empresas devem receber pagamento perto de R$ 10 milhões. Porém, não informaram o montante atrasado.

Explicações

A reunião começou com questionamentos dos vereadores à secretaria. Eles pontuaram, acima de tudo, dificuldades da população quanto à falta de manutenção das ruas e suspensão do tapa-buraco. Ao responder, a secretária iniciou uma apresentação. Ela falou do seu currículo, das atribuições da Secretaria, dados de arrecadação e informações de modernização da gestão contábil, fiscal e financeira.

Ela informou que a arrecadação do Município até agora alcançou R$ 5,2 bilhões. Todavia, fechará o ano abaixo dos R$ 6,8 bilhões estimados no Orçamento. Ela justificou as medidas de contingenciamento adotadas pela prefeitura. Diante desses dados, a secretária negou que a peça orçamentária enviada para a Câmara referente a 2026 esteja subestimada, como foi questionado por vereadores.

Por fim, além da questão do tapa-buraco, os vereadores perguntaram ainda sobre redução do desconto para pagamento à vista do IPTU (que foi reduzido de 20% para 10), bem como gastos com pessoal e medidas para adequação às contas. Ela justificou o alto gasto com pessoal, que compromete cerca de 55% da receita, falando principalmente dos gastos com servidores efetivos da educação e saúde. A secretária justificou ainda a queda no ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) como um dos impactos na arrecadação municipal.

Fonte: CM CG