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Em quatro dias de apresentações, grifes como Prada, JW Anderson, Gucci, Fendi, entre outras desfilaram suas coleções e apostas para o verão 2025

Veja 6 tendências da semana de moda masculina de Milão

Selecionamos o que a temporada apresentou de mais interessante

Com o fim de mais uma semana de moda masculina de Milão, muitos querem saber as tendências nos desfiles da cidade italiana. Em quatro dias de apresentações, grifes como Prada, JW Anderson, Gucci, Fendi, entre outras desfilaram suas coleções e apostas para o verão 2025. Incluindo tendências que prometem ser sucesso não somente entre o público masculino, como também o feminino. Com isto em mente, selecionamos o que a temporada apresentou de mais interessante.

Confira abaixo os principais destaques da semana de moda masculina de Milão

As ilusões de ótica da Prada

Muito se falou em trompe l’oeil nas últimas temporadas, termo francês para falar de ilusões de ótica, e que dominaram as tendências de moda nos últimos anos. No entanto, como não poderia ser diferente, com os codiretores da Prada, Miuccia Prada e Raf Simons, suas interpretações ao assunto levariam a ideia do “engano” mais além. A dupla convidou os espectadores a se aproximarem das criações da coleção, como o nome já sugere, “Closer” (mais perto, em inglês). Assim, questionando o que era real ou não na passarela.

Essa brincadeira se deu por calças com cintos que, na verdade, eram estampas, ou até suéteres que pareciam ser sobrepostos. Mas, novamente, tudo não passava apenas de uma ilusão. Os óculos de sol nada minimalistas (e perfeitos para a estética clubber) também questionavam essa ilusão com lentes espelhadas que questionavam o mundo que nos cerca e, por vezes, engana.

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O volume extravagante e o sapato-que-virou-bolsa de JW Anderson

Em suas coleções, seja na Loewe, ou em sua marca homônima, Jonathan Anderson sempre convidou os espectadores a conhecer seu mundo dos sonhos, é verdade. No entanto, em seu desfile masculino de verão 2025, o estilista levou o tema ainda mais a sério. E assim como a Prada, questionou os limites entre o imaginário e a realidade.

O desejo do britânico de fazer roupas cada vez menos rígidas e sérias para o público masculino, resultou em blusas e calças com babados cheios de volume. As peças com essa característica, e outros tipos de trabalhos que valorizam o extravagante. Como as roupas bufantes e o balonê, chegam como uma forte tendência.

Outro destaque da coleção é a bolsa loafer. Que como o nome já adianta, é sim inspirada no mocassim, sapato clássico que segue sendo hit. Inclusive, para o inverno que se aproxima.

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O preppy segundo a Fendi

O sonho do mocassim que virou bolsa (e realidade) no desfile de JW Anderson é uma pista para outra tendência da temporada, principalmente, na apresentação da Fendi: o estilo preppy. Silvia Venturini Fendi, diretora de acessórios e moda masculina da etiqueta, trouxe peças clássicas do vestuário masculino para a passarela. Com o xadrez e as listras dominando as estampas de calças e até gravatas. Além de blazers e suéteres com brasões.

No entanto, o preppy da Fendi não é tão tradicional assim. Peças como bonés, e um styling descontraído com camisas de seda que deixam uma regata abaixo à mostra, provam que o clássico pode e deve se divertir um pouco quando o assunto é moda.

A moda esportiva reimaginada de Martine Rose

Em sua estreia na semana de moda masculina de Milão, Martine Rose segue realizando suas próprias Olímpiadas. Explicamos: a estilista continua explorando o sportswear de uma forma inusitada e, em suas palavras, para “ir contra o que as pessoas esperam de um desfile em Milão. Eu quero fazer para que as pessoas não entrem e imediatamente entendam”. Dito e feito.

O equilíbrio entre peças clássicas do esporte, agora reimaginadas, como camisas de time que surgem bem mais justas do que as usadas em campo, e calças que se tornam extensões das clássicas bermudas metalizadas de boxe, ao lado de peças do cotidiano como bonés, bolsas de crochê, bermudas e saias lápis, brincam, mais uma vez, com o estilo tradicional do esporte e os desafiam em termos de ousadia. E, inclusive, de identidade de gênero.

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O normal nada normal da Moschino

Outro estilista que realizou sua aguardada estreia na semana de moda de Milão foi Adrian Appiolaza, que sucede Jeremy Scott após dez anos na direção criativa da marca. A grife, conhecida por suas roupas extravagantes e desfiles que acompanhavam o tom fantástico de suas criações, recebeu uma boa dose de pés no chão com a chegada do argentino. No entanto, isso não quer dizer que o DNA de diversão que fez a Moschino se tornar uma uma das marcas mais comentadas do mundo tenha que acabar.

Assim como Martine Rose, Adrian quis reimaginar símbolos cotidianos da moda à sua própria maneira. Nesta coleção, se inspirou nos ternos que usava em seu primeiro emprego, na Argentina, e juntou com a realidade italiana. O resultado mostrou desde uma alfaiataria sendo picotada assim como em uma máquina de papel (fazendo referência a vida no escritório) até uma regatinha básica manchada de molho vermelho (tradicional da culinária italiana).

A micro novidade da Gucci

Desde que Sabato de Sarno assumiu a direção criativa da Gucci em maio do último ano, o comprimento das roupas da etiqueta italiana diminuiu. Os vestidos e as saias viraram mini, se tornando, rapidamente, uma das principais características do estilista. Neste verão 2025, o designer quis aplicar o seu toque a coleção masculina da marca, agora, diminuindo os shorts e bermudas da coleção.

Por vezes, peças como camisas com estampas divertidas e pra lá de coloridas com flores, surfistas, e até golfinhos se tornaram o alvo de atenção dos looks. Enquanto, na parte de baixo, os shorts e bermudinhas de alfaiataria apareciam timidamente. Por vezes, o comprimento das camisas deixavam apenas a barra das peças aparecerem. Em outros casos, a bermuda se sobrepunha a parte superior, e ao lado de um cinto, tinha a chance de brilhar um pouco. De qualquer forma, uma coisa é certa: os shorts e as bermudas de comprimento micro chegaram para ficar independente do gênero.

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Fonte: vogue