Vale da Celulose ganha reforço do Governo de MS
O Governo do Estado, por meio da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), firmou contrato no valor de R$ 26,89 milhões para obras de implantação e pavimentação de dois acessos na rodovia MS-377, no trecho que interliga entre Três Lagoas e Inocência, na região leste do Estado, conhecida como Vale da Celulose, o mais novo polo industrial em expansão no País.
O objetivo da obra é garantir suporte logístico ao avanço do Projeto Sucuriú, da Arauco do Brasil, megainvestimento no setor de celulose. Conforme a Agesul, o cronograma prevê que os serviços sejam executados e concluídos em até 360 dias consecutivos a partir da ordem de serviços.
Para o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Guilherme Alcântara, a obra é parte de um plano integrado de expansão da malha viária regional, alinhado à nova geografia econômica do Estado. “A pavimentação desses acessos à planta da Arauco representa mais do que infraestrutura: ela traduz nossa política de antecipação às demandas do setor produtivo. Estamos estruturando corredores logísticos para garantir que grandes investimentos, como o do Projeto Sucuriú, operem com eficiência desde o primeiro dia”.
Compromisso do Estado com a logística de alto desempenho
Ele destacou ainda que a concepção técnica dos acessos, com dispositivos de interseção modernos, é parte do compromisso do Estado com a logística de alto desempenho. “Não estamos apenas ligando pontos no mapa, estamos desenhando soluções que absorvem crescimento com segurança e previsibilidade operacional”, completou.
A obra contempla a implantação de dois acessos distintos à planta industrial da Arauco, ambos interligados à MS-377. O acesso principal, localizado no km 94, foi projetado em dois níveis com interconexão do tipo “trombeta”, solução comumente utilizada em entroncamentos rodoviários de alto fluxo. A estrutura inclui faixas de desaceleração e aceleração, visando garantir a entrada e saída seguras de veículos na rodovia, sobretudo carretas e composições de carga.
Já o acesso secundário, no km 97, adota o modelo de rótula alongada, priorizando a fluidez do tráfego na própria MS-377. A combinação desses dois sistemas de interseção contribuirá para a otimização do fluxo logístico, ao mesmo tempo em que melhora os níveis de segurança viária para trabalhadores, fornecedores e comunidade local. A previsão é que os dois dispositivos reduzam riscos de acidentes, eliminem gargalos logísticos e permitam o escoamento de cargas com maior previsibilidade.
Geração de empregos
O Projeto Sucuriú, da Arauco do Brasil, é um dos maiores investimentos privados no país. Com um aporte de mais de US$ 4,6 bilhões, a planta terá capacidade inicial. A capacidade é de 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano. Ademais, há a possibilidade de expansão. A unidade deve, primordialmente, empregar mais de 14 mil pessoas. Isso será no pico das obras. Juntamente com isso, deve gerar aproximadamente 6 mil empregos permanentes.
O município de Inocência, por sua vez, tem uma localização estratégica. Por exemplo, ele conecta áreas de plantio de eucalipto ao sistema rodoviário. Ele também se conecta a corredores de exportação. Esses corredores são os portos de Santos e Paranaguá. O escoamento da produção, contudo, exige acessos rodoviários em um padrão técnico adequado. Eles são para a operação com veículos de grande porte, como bitrens e tritrens.
A execução dos acessos na MS-377 se insere em um esforço coordenado do Governo. O objetivo é, sobretudo, consolidar o Vale da Celulose. A meta é que ele seja um polo competitivo da cadeia florestal brasileira. A pavimentação, ademais, reforça o compromisso com a segurança viária e a eficiência. Ela, por sua vez, atende diretamente à infraestrutura necessária. Essa infraestrutura é para operações industriais de larga escala.
A obra tem previsão de entrega em 2026. Ela será um marco na estratégia estadual. Tal estratégia visa o fortalecimento da malha logística que ampliará a capacidade de escoamento. Além disso, a obra atrairá novos investimentos. Como resultado, ela gerará externalidades positivas para a cadeia produtiva florestal.
Fonte: Secom/Gov.br