USFs estão prontas para aplicação de vacinas contra influenza
Todas as 74 Unidades de Saúde da Família (USFs) de Campo Grande estão abastecidas e prontas para aplicar vacinas contra Influenza na população a partir de seis meses de idade. Nesse sentido, a imunização está disponível (28) para todos os públicos após a ampliação do grupo prioritário, medida adotada diante do aumento expressivo dos casos de doenças respiratórias no município.
A ação está sendo feita por meio da Prefeitura de Campo Grande, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU).
De acordo com o balanço divulgado (29), já houve aplicação de 69.291 doses da vacina contra a Influenza em Campo Grande. Destas, 45.276, são do grupo prioritário sendo 6.472 doses apliacadas em crianças, 37.834 em idosos e por fim, 970 em gestantes, grupos cujas doses são consideradas válidas para o cálculo de cobertura vacinal pelo Ministério da Saúde. Atualmente, a cobertura vacinal está em 18,52%, com base em uma população-alvo estimada em 238.016 pessoas.
Decreto de situação de emergência
A ampliação do público para a vacinação contra a Influenza foi possível graças ao decreto de situação de emergência, que permite à Prefeitura adotar medidas mais rápidas e eficazes para conter a disseminação do vírus. A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, reforçou a importância da vacinação e explicou as ações realizadas desde o início da situação emergencial.
“Esse decreto foi muito bem analisado e pensado. Desde o dia 2 de abril ativamos nosso Centro de Operações de Emergência, e estamos não só monitorando, mas também tomando decisões importantes. Nas últimas três semanas houve aumento crescente de casos e a projeção é que isso continue por pelo menos seis semanas”, destacou.
Sobrecarga no sistema de saúde
A secretária alertou para o aumento de casos de H1N1, que têm levado a quadros graves e provocado sobrecarga no sistema de saúde. “Nós já temos um problema crônico de falta de leitos em Campo Grande há mais de dez anos. Com a alta de casos respiratórios, isso se agrava. É muito triste. No lançamento da campanha vacinamos apenas 56 mil pessoas, mas já poderíamos ter imunizado mais de 180 mil pessoas. Recebemos as doses para aplicação das vacinas contra Influenza nas USFs e temos o público-alvo, mas a adesão foi baixa”, lamentou.
Rosana ainda destacou que, embora o grupo prioritário tenha maior risco de desenvolver formas graves da doença, a ampliação da vacinação é essencial para conter a transmissão. “Pessoas fora do grupo prioritário também pegam a doença, muitas vezes de forma assintomática, mas transmitem. Ao vaciná-las, conseguimos reduzir esse período de transmissibilidade e, assim, barrar a circulação do vírus. Nosso objetivo é diminuir a quantidade de pessoas com gripe e melhorar a assistência à população”.
Boletim Epidemiológico 29/04/2025
O boletim da Sala de Situação de Vírus Respiratórios, divulgado (29), mostra que 1.101 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram registradas em Campo Grande, com 586 casos confirmados, 197 em investigação e 318 não especificado.
Entre os vírus identificados estão
- 196 casos de Influenza
- bem como 196 de Vírus Sincicial Respiratório (VSR)
- 107 de Rinovírus
- 44 de Covid-19
- 13 de Metapneumovírus
- e por fim, 30 de outros vírus respiratórios
Até o momento, houve confirmação de 79 óbitos por SRAG, sendo 22 por Influenza, 10 por Covid-19, cinco por VSR e três por Rinovírus e quatro por outros vírus. Outros dois óbitos ainda estão em investigação e 33 não especificados.
Doenças respiratórias
O número de atendimentos por doenças respiratórias também vem aumentando. Nos últimos sete dias, 2.210 pacientes foram atendidos nas Unidades de Saúde da Família e 8.979 procuraram atendimento nas unidades de saúde de urgência e emergência, segundo registros do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC). A tendência de alta se reflete no gráfico de atendimentos por dia, que mostra picos superiores a 2.000 registros em abril.
A SESAU reforça a importância da vacinação e orienta que a população busque a uma das Unidades de Saúde da Família (USFs) para casos mais leves e em casos mais graves uma das Unidades de Saúde 24h, (UPAs ou CRSs), e redobrar os cuidados com as crianças, principalmente, as menores de 1 ano. E em caso de sintomas respiratórios, usar máscaras e higienizar sempre as mãos.
A forma mais segura de proteção é a vacinação contra a Influenza. A imunização segue sendo a principal forma de reduzir casos graves, hospitalizações e mortes relacionadas à doença.
Fonte: PM CG