A UFMS e a Copa Energia já desenvolvem outras iniciativas em conjunto
A Copa Energia, empresa do grupo Zahran que atua no mercado de distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP), firmou parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O documento, assinado nesta quinta-feira (31), prevê investimentos de mais de R$ 2 milhões para dois projetos de ensino na Faculdade de Engenharias, da instituição.
Diversos membros da diretoria do grupo Zahran, da Copa Energia e da Rede Matogrossense de Comunicação (RMC), além de pró-reitores e chefes de departamento da UFMS, entre outras autoridades acompanharam o evento.
Para Turqueto, representante da maior empresa de GLP do Brasil e que atua no mercado com as marcas Copagaz e Liquigás, o trabalho em parceria com a UFMS valida inúmeros processos que comprovam a utilização do gás liquefeito de petróleo em práticas para a além das já utilizadas no dia a dia.
“Nós já, há alguns anos, trabalhamos nesse sentido. No momento em que colocamos vetores tão importantes, quanto a indústria e o meio acadêmico, apontamos o destino do futuro. É dos mantos das universidades que saem as inteligências que vão gerir este futuro. Então, temos o propósito muito firme de trabalhar junto com a UFMS e todo o meio acadêmico”, ressaltou Turqueto.
Contudo, a Copa Energia e a UFMS já desenvolvem outras iniciativas em conjunto. Um exemplo é a parceria na ala de higienização do Hospital Universitário de Campo Grande, que tem o GLP como fonte de energia e mostra a sinergia entre o setor privado e a educação pública.
Os projetos – UFMS e Copa Energia
Dos dois projetos de ensino serão beneficiados pela parceria, um é voltado ao agronegócio, no setor de piscicultura e o outro para a geração de energia. Equipes multidisciplinares compostas por doutores, mestres e graduandos desenvolverão as iniciativas.
Como parte das parcerias, a UFMS e a Copa Energia vão oferecer bolsas de estudos e iniciação científica. Em suma, com o objetivo de incentivar a formação de mão de obra qualificada no setor de energia.
Dessa maneira, especialistas que estão à frente da parte de ensino dos projetos explicam que o GLP será base energética, convertendo a energia do gás em eletricidade.
“Nós teremos aqui uma instalação de uma estrutura, onde vamos utilizar o GLP como base energética. Essa energia vai ser conectada na rede de distribuição da universidade e alimentar um setor da universidade. Então, para todos os usos finais de energia elétrica, uma parte da universidade vai ser alimentada tendo como base o GLP”, detalha o diretor da Agência de Internacionalização e Inovação da UFMS, Saulo Gomes Moreira.
Os projetos são inovadores. A ideia principal é verificar se o GLP pode substituir de forma satisfatória a rede elétrica.
“Além disso, com o GLP você tem algo interessante. Ele pode servir como um backup. Em situações, em fazendas, onde você tem uma oscilação muito grande é fundamental a questão de gerador. O GLP, obviamente, poderia ser uma forma interessante de backup nesse tipo de situação, mesmo que não seja utilização contínua”, comentou o professor da faculdade de Medicina Veterinária da UFMS Jayme Povh.
Na prática
O GLP também vai alimentar sopradores que oxigenam a água. A estação experimental da fazenda escola, em Terenos (MS), ainda colocará o projeto em prática. O estudo prático deve começar em abril, outros instrumentos devem ser substituídos. Os laboratórios vão ganhar novos sopradores e equipamentos pra análise de água.
A parceria da Copa Energia com a UFMS envolve, ainda, a análise de controle de qualidade do GLP que vem da Bolívia.
“Justamente para poder atender o consumidor final que comprar um botijão de gás, o P 13, ou aqueles maiores, nos restaurantes. Que eles tenham uma qualidade do produto final, uma queima mais completa. Que ele vai atender os parâmetros de quantidades de enxofre. As mercaptanas [contaminantes], por exemplo, presentes ali, para que o consumidor tenha um produto de qualidade dentro de sua casa”, pontua o coordenador do laboratório de combustíveis da UFMS, Carlos Nazario.
Desse modo, os pesquisadores da UFMS vão acompanhar todo o sistema. Posteriormente, vão relatar a ANP tudo sobre o uso do gás como fonte geradora de energia. Outros países já utilizam muito o GLP, principalmente no campo.
Fonte: PM Campo Grande