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O curso da UFMS é aberto às comunidades interna e externa, e será realizado nos dias 3 e 4 de novembro

UFMS terá curso de Plantas Alimentícias do Cerrado e do Pantanal, grátis

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas entre 10 e 21 de outubro, no portal do curso

Para valorizar as plantas nativas em Mato Grosso do Sul e ao mesmo tempo fazer com que mais pessoas possam conhecer o seu potencial e valor nutricional, um grupo de professores, técnicos-administrativos e estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) realiza em novembro a 12ª edição do Curso de Plantas Alimentícias do Cerrado e do Pantanal (CPA). Assim, as inscrições são gratuitas e podem ser feitas entre 10 e 21 de outubro, no portal do curso. Sendo assim, o curso é aberto às comunidades interna e externa, e será nos dias 3 e 4 de novembro.

“Já tiveram benefício diretamente cerca de mil pessoas, considerando que temos duas edições por ano. Sendo a primeira destinada ao público interno da UFMS e a segunda ao público externo. Mas este número é maior se considerarmos que cada participante é também multiplicador”. Explica a professora Ieda Maria Bortolotto que coordena esta edição do curso que é parte do projeto Sabores do Cerrado e do Pantanal coordenado pelo professor Geraldo Damasceno Júnior.

Curso da UFMS

Estão sendo oferecidas 60 vagas no curso da UFMS. “O número de vagas sempre respeitou especialmente a capacidade dos laboratórios. Assim, considerando que são oferecidas atividades práticas que vão desde a coleta de plantas, preparo de mudas, técnicas de restauração ecológica e visita ao Herbário até o preparo de farinhas, ou de pratos e bebidas com frutos nativos”, detalha a professora Luciana Miyagusku. Que aliás integra a comissão organizadora do curso.

“Nesta edição pós-pandemia, estamos buscando tornar o curso mais dinâmico, com muitas atividades fora da sala de aula. No período da manhã teremos palestras curtas no início do dia, e na sequência as rodas de conversa, com a participação de parceiros das comunidades rurais e de professoras que atuam nas escolas e nos hotéis e restaurantes. No período da tarde, nos dois dias, teremos várias atividades práticas, com oficinas de produção de pratos e bebidas com frutos nativos e diversas oficinas curtas, algumas na área externa. Nos intervalos, os participantes poderão provar as bebidas e pratos preparados por membros da equipe. E também aqueles preparados por eles nas oficinas durante o curso. Paralelamente, teremos uma feirinha com produtos da sociobiodiversidade”, ressalta a professora Ieda.

O projeto

Além do curso, por meio do projeto Sabores do Cerrado e do Pantanal, são realizadas oficinas em comunidades rurais, em escolas (especialmente as públicas) e em hotéis e restaurantes abordando: a identificação de espécies nativas, a valorização da cultura local, a produção de mudas, a produção de pratos, bebidas e produtos (farinhas, por exemplo), as boas práticas de higiene, a colheita e a pós-colheita, dentre outros. “Além disso, temos produtos e serviços voltados às pessoas que participam dessas oficinas e para a sociedade em geral.

Dentre elas estão as publicações que são distribuídas sem custo financeiro para os participantes, como o livro de receitas produzido pela equipe, uma coleção com sete volumes sobre os temas abordados nas oficinas, dois livros contextualizados ao Cerrado e ao Pantanal (para escolas), calendário, cartões postais (principalmente para hotéis e restaurantes), rótulos contendo valor nutricional para produtos, artigos científicos e outros.

“Outra atividade é a atualização do portal sabores.ufms.br, onde é possível acessar o nosso Boletim Sabores produzido pela equipe e que divulga as espécies alimentícias nativas e as ações desenvolvidas no projeto”, fala Ieda. A professora ainda comenta sobre as expectativas do grupo com as atividades realizadas. “Como resultados das diversas edições anteriores do curso, e das outras ações do projeto. Aliás, é possível dizer que ajudamos a construir um movimento em torno da valorização das plantas alimentícias nativas em Mato Grosso do Sul.

Comunidade

Muitas pessoas (da comunidade interna e externa da UFMS) tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as espécies nativas. Os locais de ocorrência, seu valor nutricional, aspectos ecológicos, culturais, econômicos e sociais. Assim, ficando sensibilizadas sobre sua importância e necessidade de valorização e conservação”, destaca.

Ainda para Ieda, o curso incentiva o uso de produtos obtidos a partir das espécies na dieta. O que torna a alimentação mais rica e diversa. “Nós recebemos pequenos agricultores, que depois se dedicaram a produzir farinhas, bebidas, biscoitos, bolos e outros e muitos fazem disso sua fonte de renda. Portanto, com isso há o fortalecimento das cadeias produtivas das espécies alimentícias nativas e melhoria da renda”, finaliza.

Fonte: UFMS