Líderes pró-Rússia acusam a empresa de promover ‘terrorismo e ‘violência’
Autoridades de duas regiões separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia bloquearam o mecanismo de busca do Google. Pois eles acusam a empresa americana de promover a violência contra os russos.
“Decidimos pois bloquear o Google no território” de Donetsk, disse o líder dos separatistas Denis Pushilin no Telegram. Eles acusam a gigante americana de promover “terrorismo” e “violência contra todos os russos, especialmente a população do Donbass”.
“Se o Google parar de aplicar sua política criminal. E, assim voltar a seguir a lei, a moral e o bom senso, não haverá obstáculo para suas operações”, acrescentou. Pushilin acusou o Google de trabalhar “abertamente a pedido de seus curadores no governo dos EUA”.
A província vizinha separatista de Luhansk tomou a mesma ação na última quinta-feira (21), de acordo com seu líder rebelde local, Leonid Passechnik.
Autoridades russas bloquearam Instagram, Facebook e Twitter
“A guerra não é apenas os mísseis que caem sobre nossas cidades, mas também a nuvem de informações falsas que a Ucrânia nos envia. Infelizmente, o Google se tornou sua principal arma”, acusou.
“Podemos prescindir do Google. Se eles melhorarem, se começarem a respeitar as pessoas, consideraremos restaurar” o mecanismo de busca, acrescentou.
Donetsk e Luhansk se autoproclamaram repúblicas independentes em 2014. E ambas as regiões compõem a bacia de mineração do Donbass. Pois a mesma é parcialmente controlada por separatistas pró-russos desde o mesmo ano. Porém, atualmente concentra combates entre forças russas e ucranianas.
Autoridades separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia, como a Rússia, tentaram reforçar seu controle sobre as informações. Desde que Moscou lançou sua ofensiva contra a Ucrânia em 24 de fevereiro.
A Rússia adotou novas leis que punem a publicação do que as autoridades consideram “informações falsas” sobre o exército. Ou suas operações militares no exterior com penas de prisão.
As autoridades russas bloquearam o acesso às redes sociais Instagram, Facebook e Twitter e tomaram medidas legais contra a gigante de tecnologia Meta, acusada de espalhar “apelos para matar” russos.