Além da nova matéria obrigatória, confira mais algumas mudanças do Ensino Médio para 2022
A nova disciplina batizada de “Trabalho e Projeto de Vida” será obrigatória para estudantes que cursarem o Ensino Médio em 2022. A novidade já está sendo administrada em São Paulo, de modo que a matéria já está integrando a grade curricular dos alunos. As mudanças acontecerão em todo o país.
Esta medida faz parte do projeto Novo Ensino Médio, o qual passou por aprovação durante o governo do ex-presidente Michel Temer. O intuito da nova matéria é promover a reflexão por parte dos estudantes em relação ao futuro, além das obrigações com a carreira.
Em resumo, a ideia é instigar e orientar os alunos sobre as questões pertinentes à vida adulta após completar o Ensino Médio, de modo a abordar fatores de natureza social, profissional e cognitiva. Isto será feito de uma maneira menos genérica.
Outras mudanças previstas
Conforme o texto da proposta, pode-se esperar mais liberdade para o estudante no âmbito de escolhas e qual será a maneira ideal que ele deseja para sua jornada futura. Uma das alterações previstas para o Ensino Médio de 2022, trata-se dos chamados itinerários formativos.
Acontece que em 2022, o Ensino Médio deve estar dividido em duas partes. Desse modo, o estudante estará sujeito a Formação Geral Básica (FGB), que será a parte fixa da grade curricular, composto por áreas do conhecimento previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), responsável por 60% da carga horária.
Ainda assim, os outros 40% da carga horária serão preenchidos pelos itinerários formativos, os quais serão disponibilizados aos estudantes através de oficinas, projetos e núcleos de estudo, no intuito de aprofundar o que foi ensinado na Formação Geral. Estes itinerários poderão ser contemplados pelas seguintes temáticas:
- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação Técnica e Profissional;
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
- Linguagens e suas Tecnologias;
- Matemática e suas Tecnologias.
Dessa maneira, a aplicação dessas medidas implicarão em um aumento da carga horária do estudante do Ensino Médio. Ou seja, terá uma carga horária maior, passando de 800 para 1.000 horas anuais, fazendo com que o estudante fique em tempo integral na escola.
Por outro lado, pode gerar um impasse na inclusão da maior parcela dos alunos, dado que muitos trabalham ao mesmo tempo que estudam. Além disso, as instituições que passarão pelas mudanças, precisarão ocupar mais espaços e disponibilizar mais docentes para garantir as ofertas previstas na proposta.
Contudo, as escolas ainda estão definindo os itinerários formativos que serão oferecidos em 2022, dado que estas instituições não são obrigadas a adotar exatamente todas as temáticas, e nem disponibilizar tal aprofundamento logo no primeiro ano.