Tonga é um arquipélago do Oceano Pacífico, que se estende por 800 quilômetros e pertence à Polinésia, na Oceania
Longe de ser um paraíso tropical, Tonga, esse arquipélago insular na Polinésia é periodicamente abalado por terremotos e outros eventos extremos. Desde a erupção vulcânica recente, Tonga está praticamente isolada do mundo exterior.
Ao longo dos 40 mil quilômetros do Círculo de Fogo do Pacífico, ocorrem terremotos e tsunamis. No relatório de risco mundial de 2021 da ONG Bündnis Entwicklung Hilft, Tonga ocupa o terceiro lugar entre os países com maior risco de um evento natural extremo resultar em catástrofe.
Apenas nos últimos 12 anos, registraram-se três catástrofes naturais. Em 13 de fevereiro de 2010, ocorreu um sismo de 6,3 pontos na escala Richter. Dois dias mais tarde, um ciclone com ventos de até 228 quilômetros horários varreu as ilhas. Em 11 de janeiro de 2014, uma intempérie voltou a devastar a região, atingindo em especial o grupo de ilhas Ha‘apai e sua capital Lifuka.
Em 14 de janeiro de 2022, o vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha‘apai, periodicamente ativo, irrompeu mais uma vez, desencadeando assim um maremoto, classificado como o mais forte dos últimos 30 anos.
O efeito das mudanças climáticas sobre Tonga
Com clima tropical, o arquipélago apresenta, a grosso modo, duas estações anuais. Primeiramente, uma fase quente e úmida, de dezembro até abril. Posteriormente, uma menos chuvosa entre maio e novembro.
A elevação do nível do mar, então provocada pela mudança climática, e o incremento de ciclones, inundações, erosão de costas e das precipitações pluviais contam entre as mais graves ameaças existenciais e ambientais para Tonga.
Segundo a Sociedade Alemã para Cooperação Internacional (GIZ, na sigla original) e o portal do clima do Banco Mundial, os eventos meteorológicos extremos se intensificarão ainda mais nas próximas décadas, agravados pelos danos ambientais do desmatamento para utilização agrícola, da poluição industrial e da eliminação de lixo.