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A expansão da telemedicina iniciada pela pandemia foi rápida e significativa

Telemedicina já é uma realidade no Brasil e no mundo apontam estudos

Crescimento da telemedicina em todas as gerações e especialmente para a área de saúde mental

Desde o início da pandemia, todos os olhos se voltaram ao setor de saúde. A presença do vírus, o tratamento dos pacientes e a administração dos hospitais trouxeram não apenas o desafio de vencer a Covid-19, mas também evidenciaram problemas antigos na administração pública e privada da saúde em todo o mundo, o que abriu portas para uma intensa temporada de mudanças e inovação na área. Uma delas foi a adaptação de instituições de saúde e de pacientes às consultas via telemedicina.

De acordo com a PWC, a consultoria trouxe uma série de dados na pesquisa “Global Top Health Industry Issues 2021” (Principais Questões Globais do Setor de Saúde 2021). Esses dados ajudaram a compreender e traçar possíveis atuações para o setor de saúde neste ano. Entre eles, há destaque ao crescimento da telemedicina em todas as gerações, especialmente para a área de saúde mental.  Assim também, destacaram o aumento no uso dos dados de maneira a melhorar o sistema de saúde em momentos mais críticos.

Se antes as consultas virtuais foram vistas com maus olhos por não serem tão assertivas, por outro lado, na pandemia elas foram a forma mais viável e segura de receber atendimento médico. E a adesão a elas foi maior do que o esperado.

Investimento das empresas em telemedicina atingiu a marca de 4.3 bilhões de dólares

A pesquisa da PwC destacou que, em todo o mundo, o investimento das empresas em telemedicina atingiu a marca de 4.3 bilhões de dólares, um salto de 139% em comparação com 2019.

Ainda que inúmeras doenças não possam ser tratadas apenas por meio do vídeo, às vezes é necessário estar presente para que os médicos possam investigar o paciente. Uma boa parte dos problemas de saúde podem ser resolvidos de forma online, sobretudo, se a busca das pessoas for por orientação médica ou relacionada à saúde mental.

Segundo a pesquisa, ao menos 36% dos entrevistados experimentaram episódios de ansiedade e depressão. Entre eles, a maior parte é composta pela Geração Z e pelos Millennials. Nesse período, a maioria deles procurou atendimento psicológico de forma virtual.

O estudo mostrou que pelo menos 51% dos entrevistados da pesquisa fizeram uso de consultas virtuais (telemedicina ou ligações por voz) durante a pandemia. E entre eles, 91% afirmaram que voltarão a usá-la no futuro. A pesquisa aponta que os países com maior adesão às consultas não-presenciais foram a China (87%), Índia (86%) e Estados Unidos (85%).

Ainda que haja bastante demanda, é preciso investir em capacidade da equipe médica e das empresas para que os atendimentos virtuais sejam satisfatórios. Assim, destaca-se o investimento na tecnologia necessária para 2021.

Uso de dados para a saúde

Na era da expansão tecnológica, a Covid-19 foi a primeira pandemia que inevitavelmente requereu o uso de inovações mais avançadas. Tanto quanto para mapeamento da doença nos países, quanto para atualizações dos hospitais e centros de saúde. Nesse contexto, a inteligência artificial (IA) foi fundamental.

Muitos países, inclusive o Brasil, tiveram momentos desafiadores para o mapeamento da doença e atualização das estatísticas de contágio, número de novos casos e óbitos. O uso da IA transformou essa difícil tarefa em uma realidade tangível, tanto para ações necessárias ao controle da doença quanto, agora mais do que nunca, para campanhas de vacinação.

Segundo o estudo, o uso de ferramentas adequadas para tratamento de dados, seja por IA ou por outros sistemas, pode melhorar a qualidade das ações feitas no setor de saúde e ainda reduzir custos.

Isso também pode ser aplicado ao setor farmacêutico. O relatório aponta que 93% dos executivos que lidam com produtos farmacêuticos ou com ciência voltada para farmacologia acreditam nessa tendência. Eles afirmaram que a inclusão de elementos digitais foi importante durante a pandemia e deve ser mais frequente nos próximos cinco anos.

Telemedicina no Brasil

Estudo feito pela Capterra, plataforma de busca e comparação de softwares, perguntou a milhares de brasileiros e o resultado confirmou aquilo o que os planos e profissionais da saúde já desconfiavam. Isto é, os brasileiros gostaram da novidade e continuarão com a telemedicina, mesmo após a completa vacinação até o fim das regras e distanciamento social.

De acordo com a pesquisa, seis de cada dez pacientes já sabem o que é telemedicina. Destes, mais da metade (55%) afirmam já terem utilizado consultas por meio desse recurso. Além disso, quase metade (46%), experimentaram a modalidade e disseram que irão aumentar o uso após o fim da pandemia.

Entre os que experimentaram a modalidade, 54% optariam pela telemedicina se tivessem sintomas parecidos aos da COVID-19 (febre, dor de garganta e dificuldade para respirar). O medo da exposição a uma possível contaminação foi o motivo apontado por quatro de cada dez entrevistados para o uso da telemedicina.

De acordo com metade dos entrevistados que já utilizaram os serviços, afirmaram ser muito mais provável selecionar um profissional que ofereça esse tipo de consulta em comparação com um que não o utilize. O estudo ouviu 1004 pacientes de todo país entre os dias 11 e 15 de dezembro de 2020.