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Uso da tecnologias de bioinsumos pode resultar em economia de R$ 145 por hectare para controle da cigarrinha-da-raiz, R$ 115 no controle do Sphenophorus levis e R$ 45 para o controle da mosca-branca

Tecnologias de bioinsumos trazem 398 milhões anuais ao agro brasileiro

Instituto da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP presta serviço a todas as 120 biofábricas brasileiras que produzem insumos para controle biológico no País

As tecnologias de bioinsumos desenvolvidas pelo Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, são utilizadas por 100% das 120 empresas nacionais produtoras. As cepas selecionadas do IB para uso em cana, pastagem, citros, banana, seringueira, morango e flores trazem benefício econômico de R$ 398,5 milhões anuais. Isso comparado com a economia no uso de produtos químicos tradicionais.

De acordo com pesquisador do IB, José Eduardo Marcondes de Almeida, as cepas selecionadas pelo IB são utilizadas em dois milhões de hectares de cana-de-açúcar no Brasil. Assim, quatro milhões de hectares de soja, três mil hectares de plantas ornamentais e morango e mil hectares de banana. “Essas cepas, usam-se para o controle natural de pragas importantes dessas culturas. Como o Sphenophorus levis e cigarrinha-da-raiz na cana e mosca-branca na soja”, conta.

Impactos ambientais e sociais das tecnologias de bioinsumos

O uso dessas tecnologias de bioinsumos pode, portanto, resultar em economia de R$ 145 por hectare para controle da cigarrinha-da-raiz. Ainda mais R$ 115 no controle do Sphenophorus levis. Além disso, R$ 45 para o controle da mosca-branca.

“A partir desses dados de economia e de área em que os produtos utiliza-se, chegamos a esse impacto anual de R$ 398,5 milhões. Isso sem contar os impactos ambientais e sociais do uso dessas tecnologias de bioinsumos sustentáveis”, afirma o pesquisador do IB.

Programa de Inovação e transferência em Controle Biológico

O IB mantém o Programa de Inovação e Transferência em Controle Biológico (Probio) com o objetivo de integrar todas as áreas de pesquisa do Instituto em controle biológico. E, dessa maneira, disponibilizar ao setor produtivo.

Com isso, o Instituto busca promover a inovação e a transferência de tecnologia nessa área, por meio de ações de geração de conhecimento e prestação de serviços.

Além de atender as indústrias nacionais de produção de bioinsumos, chamadas de biofábricas, o IB também atua junto a empresas do Paraguai e Panamá.

Controle biológico das tecnologias de bioinsumos

O controle biológico consiste, portanto, no uso de inimigos naturais para diminuir a população de uma praga. Em síntese, define-se como natureza controlando natureza. Os agentes de controle biológico agem em um alvo específico, não deixam resíduos nos alimentos, são seguros para o trabalhador rural, protegem a biodiversidade e preservam os polinizadores.

Ft: noticiasagricolas