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Tarifas de exportação levam agro para novos destinos. Mercados alternativos concentram-se principalmente na Ásia Foto: Pexels

Governo foca em 5 produtos do agro para destinos alternativos aos EUA

Brasil reage diante das tarifas de exportação e busca novos mercados para o agro

O governo federal se prepara para o cenário em que entrem em vigor as tarifas de 50% anunciadas pelos Estados Unidos e foca em cinco itens na busca por destinos alternativos para a exportação de produtos agro. São eles o café, suco de laranja, carne bovina, pescados e frutas.

Estes estão entre os itens que o Brasil mais exporta para os EUA. Os destinos alternativos aparecem em diversos continentes. Contudo, concentram-se principalmente na Ásia, conforme detalhou o secretário de Comércio do Mapa, Luis Rua, à CNN.

Café

Para o café, o avanço no mercado chinês é tratado como uma das principais possibilidades. O gigante asiático vem aumentando sua demanda pelo produto. Além disso, já importa US$ 1,09 bilhão por ano, segundo dados recentes. Desse total, cerca de US$ 336 milhões são provenientes do Brasil. Portanto, o país se destaca como um dos principais fornecedores do mercado asiático.

Outra alternativa para o grão seria a Austrália, que, por sua vez, compra anualmente US$ 619 milhões. Além disso, desse total, US$ 108 milhões são provenientes do agro nacional. Por outro lado, a avaliação indica que, ainda assim, há espaço para avançar nesses mercados. Isso ocorre porque o Brasil concentra, atualmente, 40% da produção mundial de café.

Suco de laranja e pescados

O governo monitora o aumento da demanda da Arábia Saudita por suco de laranja e vê o país do Oriente Médio como alternativa ao seu produto. No caso dos pescados, está na mira a possibilidade de vender mais para o Reino Unido.

Carne bovina e frutas

Estão entre as alternativas listadas por Luis Rua para a carne bovina o avanço no Vietnã, no México e no Chile, por exemplo. Já em relação às frutas, aparecem a China (especialmente para as uvas), o Japão e a Coreia do Sul. No caso destes dois, o foco é a manga.

Exemplos de alternativas a parte, Luis Rua indica que neste eixo do trabalho, o governo definiu entre sete e oito ações possíveis para cada item. “Estamos fazendo ‘taylor made’ para cada mercado”, disse.

Eixos da preparação

O mapeamento de parceiros é um dos três eixos do trabalho do Mapa. Nesse sentido, está ligado às tarifas que Donald Trump ameaça impor ao Brasil. As medidas podem começar a valer a partir de 1° de agosto. Por isso, o governo atua em diferentes frentes, a fim de evitar prejuízos.

O segundo eixo busca intensificar os trabalhos para abertura de novos mercados. Além disso, também visa à promoção comercial dos produtos do agro ao redor do mundo. Até aqui, o governo Lula já viabilizou 493 novos mercados. Portanto, esse esforço tem sido constante e articulado para ampliar a presença brasileira no exterior.

Além disso, o pasta dá amparo técnico as às negociações diplomáticas, tocadas pelo governo. O secretário defende, por exemplo, que o Brasil peça aos EUA um prazo de 90 dias para dia diálogo entre as partes a fim de evitar a taxação.

Fonte: cnn