Nesta quarta-feira (24), com a chegada do supertufão Ragasa em Hong Kong e o sul da China, mais de 700 voos foram cancelados
O supertufão Ragasa, o ciclone tropical mais poderoso do ano, atingiu Hong Kong e o sul da China nesta quarta-feira (24), no horário local, com ventos de força equivalente à de um furacão e chuvas intensas, forçando o fechamento da cidade e o cancelamento de mais de 700 voos.
A forte tempestade pode afetar milhões de pessoas ao passar ao sul das principais cidades de Hong Kong, Macau, Shenzhen e Guangzhou, antes de atingir novamente o continente no oeste da província de Guangdong, na China continental.
Pelo menos 14 pessoas morreram em Taiwan quando uma barreira de água se rompeu no condado oriental de Hualien. Informou o corpo de bombeiros do condado na manhã desta quarta-feira (24).
Chineses se preparam para a chegada da tempestade
Nos dias que antecederam a chegada da tempestade, moradores correram aos supermercados em busca de mantimentos, esvaziando prateleiras e enfrentando longas filas, temendo que o comércio permanecesse fechado por até dois dias.
À medida que o tufão se aproximava, muitos residentes reforçaram janelas com fita adesiva, tentando evitar ferimentos causados por possíveis estilhaços de vidro.
Com ventos que chegam a 200 km/h, Ragasa deve se aproximar ainda mais da cidade nas próximas horas, passando a cerca de 100 km ao sul do território densamente povoado.
A expectativa é de que o sistema mantenha sua intensidade enquanto avança rumo à costa da província chinesa de Guangdong. Lar de mais de 125 milhões de pessoas, onde deve tocar o solo por volta do meio-dia (0400 GMT).
Sobretudo, em resposta à ameaça, as autoridades de Hong Kong elevaram o alerta para o nível 10. O mais alto do sistema de sinais de tempestade, determinando o fechamento de empresas e a suspensão de serviços de transporte público.
Além disso, o governo emitiu um alerta de inundações. Já que chuvas torrenciais continuam a atingir a cidade, com algumas vias já parcialmente alagadas, segundo o South China Morning Post.
Por fim, o observatório meteorológico alertou para uma possível elevação do nível do mar. Comparável à registrada durante os devastadores tufões Hato (2017) e Mangkhut (2018), que causaram bilhões de dólares em prejuízos.
Fonte: cnn